O exército português conquistou a nossa independência, a formação como país e a nossa marinha descobriu o desconhecido sendo a responsável pelo primeiro passo para uma multiculturalidade até então desconhecida…
No entanto, os novos tempos estão aí e a defesa do nosso país poderá ser projetada atempadamente com conclusões e decisões com base nos conflitos armados que vamos assistindo no estrangeiro.
A força aérea será no futuro uma força sustentada em drones de guerra, alguns já fabricados em Portugal para a guerra na Ucrânia…Os exércitos terrestres no estrangeiro apostam na inteligência artificial, caminhando para uma “robotização” dos soldados que combatem e o nuclear surge como o verdadeiro garante de uma energia limpa e de um país autónomo com uma palavra a dizer no xadrez internacional…
Estamos numa altura da História da Humanidade em que os Estados estão a reinventar-se na sua defesa com base nas novas tecnologias e em novos armamentos de defesa.
Estaríamos também na altura ideal para um Governo deter um projeto de defesa para Portugal de forma a aproveitar as “reformas” tecnológicas dos outros países para desta forma fazermos também nossa…
A criação de unidades com recursos relevantes de inteligência artificial, de defesa monitorizada, etc… terá de ser o caminho para a manutenção da nossa soberania seja em território nacional ou na nossa extensa orla marítima… Aproveitando como “moeda de troca” também as relações e a experiência dos países nossos aliados e o interesse desses mesmos países em vantagens territoriais portuguesas como por exemplo é o caso da base das Lages nos Açores…
Se nos quisermos nos valer como nação durante outros tantos 9 séculos, teremos de pensar em nós próprios numa Europa que cada vez mais olha para si própria como identidades diferentes e menos como uma Europa que se ajudará mutuamente no futuro.
“País prevenido, vale por dois”…digo eu…
Autor: Paulo Freitas do Amaral, Professor de História.