No estudo foram identificados e estimados os custos e os ganhos de saúde gerados pela participação das farmácias no Programa e os correspondentes indicadores de custo-efetividade, indica em comunicado a Universidade Católica.
Através das farmácias o Programa de Troca de Seringas tem uma expansão no âmbito geográfico e uma disponibilidade em oferta de horas de acesso aos serviços que os especialistas valorizam como uma das várias consequências positivas.
Outra das consequências positivas vem da melhoria dos padrões de equidade no acesso à troca de seringas dado que a “oferta deixa de estar concentrada num conjunto de unidades territoriais favorecidas para ter uma distribuição mais uniforme”.
O estudo indica que “medindo o nível de acesso em termos de horas por 1.000 habitantes, o nível de desigualdade da distribuição de horas de acesso pela população cai mais de 60% com a participação das farmácias”.
Os especialistas estudaram as consequências do programa ao longo dos próximos cinco anos e concluíram que a “participação das farmácias permitirá evitar casos de infeção por Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) e pelo Vírus da Hepatite C (VHC)”, e estimam que irá permitir “reduções adicionais de 22 casos de infeção por VIH e de 25 casos de infeção por VHC”.
Numa avaliação custo-benefício a participação das farmácias apresenta “custos inferiores aos custos das infeções evitadas”, sendo que ao “longo dos cinco anos a participação das farmácias gera poupanças para o sistema de saúde com um valor atual superior a dois milhões de euros”, com uma estimativa de benefício líquido por troca de uma seringa de 3,01 euros.