A hipertensão arterial é uma doença crónica que se carateriza pela pressão sanguínea nas artérias acima dos valores considerados normais, isto é, quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg, ou a pressão mínima é maior ou igual a 90 mmHg. Esta doença ocorre quando o coração, ao bombear sangue, exerce uma força excessiva contra a parede das artérias. Estima-se que afeta cerca de 2 milhões de portugueses.
Esta doença pode não causar sintomas inicialmente, mas com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os principais órgãos do organismo, como o cérebro e o coração, provocando sintomas como dores de cabeça, tonturas e aumento da frequência cardíaca.
A longo prazo, a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco do enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, que ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. O enfarte é uma emergência médica que requer um tratamento imediato.
O diagnóstico da hipertensão arterial requer a medição de uma pressão arterial elevada em três ocasiões diferentes ao longo de um período de uma semana ou mais. A hipertensão arterial tem tratamento e deve ser indicado pelo médico, dependendo da gravidade da doença.
Para prevenir a hipertensão arterial é necessário alterar os hábitos de vida, evitando o excesso de sal na alimentação, a obesidade, o tabagismo e o consumo de álcool.
Artigo de Opinião: Pedro Farto e Abreu, médico, Coordenador Nacional da iniciativa “Stent Save a Life – Não perca tempo, Salve uma Vida”, da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular.
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