Os emigrantes e refugiados corriam risco de vida se não fosse a intervenção da PM portuguesa. Dos 2.925 resgatados, 806 eram bebés e crianças e 637 mulheres. Mas para além do resgate, a PM deu apoio a mais de 10 mil emigrantes e refugiados e a mais de 200 embarcações.
“As pessoas resgatadas procuravam desesperadamente chegar à Grécia”, refere a Marinha, e encontravam-se “sem quaisquer condições de segurança, muitas delas sem coletes salva-vidas, totalmente molhadas e correndo sérios riscos de entrada em hipotermia”.
Os elementos da equipa da PM portuguesa prestaram especial atenção aos bebés e crianças cuja resistência ao frio é muito menor, e que se configuravam casos graves. Mas a Marinha lembrou ainda que “no âmbito do combate ao crime transfronteiriço” procedeu a cinco detenções de facilitadores.
Durante a missão de 7 meses a PM procedeu a 71 missões de busca e salvamento, ocupando 1.305 horas em navegação e percorreu mais de 7.200 milhas náuticas. Na maioria das vezes, a PM esteve perante “cenários de grande stress, botes e embarcações sobrelotadas, sem condições de navegabilidade e em perigo eminente de naufrágio”, refere comunicado da Marinha.
A equipa é composta por 11 Agentes da PM, 1 Técnico para o apoio e a manutenção das embarcações e 1 Técnico para a manutenção da componente elétrica e eletrónica da Viatura de Vigilância Costeira. Esta viatura, apenas está disponível desde 28 de março e encontra-se a operar em Molivos em conjunto com as embarcações TEJO e ARADE. A viatura e as duas embarcações constituem os meios operacionais da equipa portuguesa.
A equipa da PM está integrada na missão da operação ‘POSEIDON RAPID INTERVENTION’, da Agência FRONTEX, até 30 de setembro de 2016, a dar “apoio à Guarda-costeira Grega. O objetivo é cooperar no controlo e vigilância das fronteiras marítimas gregas e no combate ao crime transfronteiriço”.