Recentemente foram divulgados os dados do relatório que o banco global britânico HSBC realizou no decurso deste ano sobre a qualidade de vida de milhares de expatriados disseminados pelos quatro cantos do mundo.
A análise dos resultados do inquérito Expat Explorer, que a instituição financeira e bancária tem dinamizado anualmente, permite, desde logo, constatar que a segurança no trabalho, o crescimento salarial, a proteção e qualidade de vida constituem as principais motivações de quem enceta uma trajetória socioprofissional no estrangeiro.
A avaliação ponderada destas motivações leva assim o HSBC a sustentar que presentemente, os cinco melhores territórios para emigrar, são respetivamente, a Suíça, Singapura, o Canadá, Espanha e a Nova Zelândia.
No caso de Singapura, Canadá e Nova Zelândia, estados que já no ano de 2018 ocupavam posições cimeiras no ranking de regiões onde os emigrantes têm melhor qualidade de vida social e profissional, o relatório revela que a cidade-estado de Singapura, situada ao sul da Malásia, um centro financeiro global formado por uma população multicultural, destaca-se ao longo dos últimos dois anos pelas inúmeras oportunidades que tem gerado ao nível da promoção e progressão na carreira, incremento salarial, e condições de saúde e bem-estar familiar.
Esta capacidade de atração socioprofissional é transversal a todas estas nações, e no caso particular da Suíça e Canadá, países onde vivem e trabalham milhares de portugueses, são elucidativas sobre os motivos que concorrem para que a Europa Central e a América do Norte sejam um dos principais destinos da emigração lusa.
Por exemplo, no Canadá, o papel e importância da comunidade portuguesa, atualmente constituída por mais de meio milhão de luso-canadianos, impeliu em 2017, o Parlamento Federal a aprovar uma lei que declarou junho o Mês do Património Português no Canadá. Sendo que, há poucos dias, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, no âmbito de uma entrevista ao canal canadiano multicultural Omni Television, no programa Focus Portuguese, asseverou “reconhecemos que a onda de imigração de portugueses que chegaram aqui inicialmente nas décadas de 60 e 70 construíram esta cidade (Toronto) e este país”
Autor: Daniel Bastos, Historiador e Escritor