O satélite ‘Euclid’ tem data prevista de lançamento para o espaço em finais de 2020. Dotado de um telescópio de 1,2 metros de diâmetro o satélite irá permitir “detetar cerca de 2 mil milhões de galáxias, que servirão para mapear a distribuição da matéria escura no Universo”, ou seja, irá realizar “o levantamento detalhado de 40% do céu”.
O satélite ‘Euclid’ será lançado a partir do porto espacial europeu de Kourou, na Guina Francesa, a bordo de um lançador Soyuz. O Satélite tem 4,5 metros de comprimento e 3,1 de diâmetro e uma massa total de 2.100 quilogramas, e irá transmitir dados da ordem dos 855 Gbits por dia, na banda K (25,5 a 27,0 GHz).
Com um telescópio de 1,2 metros de diâmetro, e comprimento focal de 24.5m, o satélite irá trabalhar cobrindo os comprimentos de onda na gama do visível (550-900 nm) e perto da gama do infravermelho (900-2000nm).
A partir de 30 de maio e durante 5 dias, cerca de 400 investigadores e engenheiros das áreas da Física, Astrofísica e Ciências do Espaço, e especialistas da Agência Espacial Europeia (ESA), da Agencia Americana ‘National Aeronautics and Space Administration’ (NASA), e da indústria aeroespacial, vão debater, em Lisboa, as atividades científicas e técnicas da missão ‘Euclid’.
O projeto da missão espacial ‘‘Euclid’ é constituído por um consórcio internacional de 14 países europeus integrando também os Estados Unidos da América. A missão ‘Euclid’ é considerada uma das maiores colaborações internacionais em Astronomia. A colaboração portuguesa é coordenada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Ismael Tereno, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, e coordenador nacional da missão ‘Euclid’, referiu, citado pelo IA, que “a organização do encontro anual dá uma grande visibilidade à participação portuguesa reforçando o papel que vem conquistando com o seu trabalho de implementação do Rastreio de Referência da missão ‘Euclid’”.
Para António da Silva, investigador do IA e membro da direção do consórcio e coordenador nacional, esta reunião em Lisboa demonstra “o elevado nível de internacionalização dos investigadores nos vários institutos nacionais que participam neste projeto”.