Estive, esta quinta-feira, com Luís Filipe Menezes. Senti-o em forma e sempre com aquela cabecinha pensante. Falou-me de algumas novas peripécias em Gaia, que acho que deve tornar públicas para as pessoas perceberem, ainda melhor, o que se passa e, considero-as de interesse público.
Aprecio a sua maneira de ser, afável, educada e com quem se pode conversar num registo bastante elevado intelectualmente.
Colocou Gaia no mapa nacional e guindou a cidade de Gaia ao lugar que tem direito, figurando no top 3 das cidades portuguesas a nível nacional.
Luís Filipe Menezes já foi quase tudo na política portuguesa: líder do PSD, deputado, membro de um governo e presidente da CM Gaia. Mas, há uma coisa que ele tem em falta, acabar o trabalho que começou numa terra, para lá, do rio Douro que muita gente desdenhava, apelidando-a de Marrocos, há uns anos atrás.
Gaia evoluiu, afirmou-se com a sua liderança, mas com a sua saída (por limitação de mandatos), apagou-se por falta de liderança e carisma e, está infestada de processos e problemas com a justiça.
Os últimos acontecimentos sobre Gaia deixaram-me estarrecido e muito triste. Eu vivo em Gaia e quero o melhor para a minha cidade.
Luís Filipe Menezes tem que vir acabar o que deixou a meio, tem esse dever cívico e aceitar esse repto para quem o segue, o apoia, o considera e estima. Menezes é um fazedor, não deixa as coisas a meio.
Há tempos estive num jantar com Ângelo Correia, um senador da política portuguesa e ele disse-me: “para Menezes voltar convém falar com a sua esposa Ana Caetano Menezes”. E, rematou, “já ouviram a opinião da senhora?”
Estou completamente de acordo e Ângelo Correia mostra a sua sagacidade e rara inteligência. Ana Caetano Menezes tem que aceitar que Luís Filipe Menezes esteja menos tempo com a família.
Menezes tem uma vida boa, uma família feliz, está lá agora para se incomodar e ter que sair do sofá! Já fez muito, e o tempo deu-lhe razão.
Os portugueses são pródigos em provérbios e este assenta como uma luva. É preciso, um clamor e a melhor forma de o fazer deverá ser organizada por Firmino Pereira, deputado e seu fiel colaborador que nunca o abandonou, encabeçar uma petição com o título: “Gaia, de novo, um presidente”. Firmino Pereira tem sido incansável para que Menezes retorne.
Luís Montenegro, como líder do PSD, deve fazer as suas démarches para que Menezes seja o candidato do PSD em Gaia, de outro modo, o PSD vai ser, de novo, copiosamente derrotado.
Gaia tem uma dimensão que não se compadece com concelhias e distritais e esse dossier deve ser tratado pelo líder do partido.
Quem é gaiense, gosta de Menezes, tem que lhe pedir para retomar o que falta concluir. É o mínimo que pode fazer, sem tibieza, sem medo e com muita convicção e alegria.
Devemos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que regresse. Não podemos desistir de ter Menezes como presidente de Gaia.
Menezes é um homem humano e sensível e não ficará indiferente a um apelo desse tipo. Faltam dois anos para haver eleições autárquicas, que serão em 2025.
Menezes é um PSD independente e sempre valeu muito mais do que o partido. Se, tornar a concorrer, vence e Gaia agradece.
Gaia precisa, de novo, de um presidente.
Gaia não tem um nome como Luís Filipe Menezes. Gaia está órfã desde que Menezes se retirou. Menezes é homem de fazer pontes, respeitado, capacitado, sabe ouvir, é o maior interlocutor para Gaia voltar a ser o que era. Menezes tem uma dimensão intelectual e política que eleva Gaia a uma grandeza ímpar.
Gaia precisa de um bom relacionamento humano, classe, corrigir o que foi feito de errado e muita resiliência. Atributos que não faltam a Luís Filipe Menezes, para além de ser um visionário e futurista.
Autor: Joaquim Jorge, Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores