O novo centro, com apresentação pública a 9 de maio no Porto, é uma iniciativa que tem como objetivo “focar-se em investigação multidisciplinar, que será traduzida em métodos inovadores a serem aplicados na prevenção e no tratamento de doenças músculo-esqueléticas, neuro-degenerativas e cardiovasculares”.
O ‘The Discoveries Centre’ tem na base uma “parceria entre cinco universidades portuguesas (Minho, Porto, Aveiro, Lisboa e Nova de Lisboa) e uma universidade líder mundial no domínio das Ciências e Tecnologias da Saúde, a University College London (UCL) do Reino Unido”.
O centro vai incidir em seis áreas de investigação: células estaminais; medicina regenerativa; terapias avançadas; nano medicina, engenharia de tecidos e modelos de doença; sistema de biologia e bio chips, e investigação translacional e pré-clínica.
Os promotores do futuro centro de investigação esperam, já nesta fase de criação, ter o apoio financeiro da Comissão Europeia, através do programa Horizonte 2020. Apoio já garantido, indica a Universidade do Minho, é o da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que coordena a proposta, e das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais do Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo. O centro conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Inovação.
Para o funcionamento do centro, os promotores, consideram a necessidade de pelo menos “60 milhões de euros nos primeiros sete anos de atividade, a que acrescerão as verbas próprias conseguidas em concursos e contratos”. O centro está concebido para possuir “uma forte visão translacional de proteção de propriedade intelectual, de empreendedorismo e comercialização”.
Os investigadores envolvidos consideram que o ‘The Discoveries Centre’ “irá contribuir para o aumento da competitividade do setor da biomedicina e estimular, de forma geral, o emprego científico altamente qualificado e o crescimento económico a vários níveis”, e deverá “ter condições únicas para atrair talento científico internacional”.
Está previsto que a sede do ‘The Discoveries Centre’ seja “no Avepark – Parque de Ciência e Tecnologia das Caldas das Taipas, em Guimarães, com campi no Porto, Aveiro, Lisboa e um campus de suporte no centro de Londres”. Os promotores consideram que o centro terá “um efeito estruturante na ciência portuguesa, podendo dar origem muito rapidamente ao maior e mais produtivo centro de investigação baseado em Portugal”.
O ‘The Discoveries Centre’ envolve, na criação, “alguns dos melhores centros de Investigação e Desenvolvimento (I&D) do país”, classificados pela FCT com ‘Excelente’ ou ‘Excecional’. A proposta de criação é coordenada cientificamente pelo professor e investigador “Rui L. Reis, vice-reitor da Universidade do Minho e diretor do laboratório associado ICVS/3B’s”- um laboratório que se dedica à investigação no domínio biomédico e ciências clinicas e em engenharia ligada às ciências clinicas e aos biomateriais.
Para além de dezenas de cientistas portugueses de renome, envolvidos no projeto de criação do centro, estão também, por parte da University College London, cientistas “do Eastman Dental Institute and Hospital, National Hospital for Neurology and Neurosurgery, Institute of Neurology, School of Pharmacy, School of Engineering, Institute of Biomedical Engineering, UCL Hospitals, UCL Enterprise, UCL Business e Translational Research Office”.