A Diabetes Mellitus (DM) caracteriza-se por ser uma doença metabólica crónica, normalmente silenciosa, devido à quantidade de açúcar (glucose) no sangue se apresentar com quantidades muito elevadas, uma vez que o pâncreas não tem a capacidade de produzir insulina, ou não a produz em quantidades suficientes.
A diabetes e o tratamento
Quando o pâncreas não produz insulina, designa-se por Diabetes Mellitus tipo 1, que embora seja menos frequente, afeta sobretudo, crianças e adolescentes. Diz-se que é uma doença autoimune, porque o sistema imunológico, que é suposto proteger o nosso corpo contra agentes estranhos, como bactérias e infeções destrói as células beta do pâncreas que produzem insulina. Como consequência, há a necessidade de recorrer à terapêutica por insulina, para o resto da vida. Caso não exista um tratamento adequado, ou o corpo esteja por longos períodos sem receber insulina, o organismo decompõe a sua própria gordura e músculo, levando à perda de peso e até à desidratação extrema.
Em contrapartida, quando o pâncreas não produz insulina em quantidades suficientes, significa que estamos perante um tipo de Diabetes Mellitus tipo 2, que é considerado o menos grave, com uma taxa de incidência de 90%. Este tipo afeta sobretudo pessoas adultas e idosas, com excesso de peso ou obesidade, sedentárias e com estilos de vida pouco saudáveis, e há geralmente um historial familiar.
A diabetes afeta aproximadamente 13% da população portuguesa. Um número que se revela preocupante, atendendo ao aumento do número de casos, face aos últimos 4 anos. A má alimentação, o sedentarismo e o excesso de peso são alguns dos fatores que contribuem para o seu desenvolvimento.
Fatores de risco
Apesar de existirem fatores de risco que não são modificáveis, como: doenças do pâncreas ou doenças endócrinas, histórico familiar ou género e idade, sabe-se que as mulheres acima dos 45 anos têm maior tendência para o contrair este tipo de patologia. Há outros fatores que só dependem de si, como por exemplo: o controlo da hipertensão arterial, uma alimentação adequada aliada a um estilo de vida saudável. Para este efeito, deve-se praticar exercício físico e evitar o consumo de álcool e tabaco.
Sinais a ter presente na diabetes
Existem, ainda, sinais aos quais devemos prestar a devida atenção para que não evoluam para complicações graves, como o pé diabético, a cegueira, a insuficiência renal ou doença periodontal, que pode resultar na queda de dentes.
Assim, não ignore sinais, tais como:
- Fome;
- Sede ou boca seca;
- Vontade frequente de urinar;
- Cansaço;
- Visão turva;
- Perda de peso;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Dormência nos pés ou nas mãos.
Se, por outro lado, existe a suspeita de que possa ter diabetes, consulte o seu com o seu médico o quanto antes. O diagnóstico correto é o primeiro passo para a prevenção!
Sobre a Portela Clínica
A Portela Clínica, através do seu prestigiado corpo clínico, disponibiliza o referido exame, dispondo de especialistas nestas avaliações e com formação nesta área específica. Na nossa Unidade de Medicina Desportiva (UNIDESP) o exame médico desportivo é complementado com avaliação de medicina dentária, podologia, nutrição e condição física.
Dispõe igualmente de clínicos de diferentes especialidades médicas, como Fisiatria, Medicina Dentária, Cardiologia, Ortopedia, Podologia, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, entre outras, para o diagnóstico e seguimento de algumas situações clínicas que podem ser detetadas. Veja mais em: http://www.portelaclinica.pt/. Dia Mundial da Diabetes assinala-se a 14 de novembro.
Autor: Manuel Portela, Diretor Clínico na Portela Clínica