A artrose do joelho compromete em grande medida a mobilidade da articulação e as atividades diárias dos doentes. Nesta doença “a dor é o sintoma dominante em grande parte dos doentes”, refere João Gamelas, coordenador da Unidade de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Lusíadas Lisboa.
A doença é cada vez mais frequente, à medida que a esperança de vida vai aumentando, ou seja, à medida que a idade é mais elevada o número de doentes também aumenta.
João Gamelas esclarece que “as manifestações clínicas da artrose variam de acordo com a zona afetada, o estádio em que a doença se encontra e a causa do seu desenvolvimento”, e acrescenta que “para além da dor, a artrose tem um impacto significativo ao nível da mobilidade e funcionalidade, afetando a qualidade de vida destes doentes”.
O tratamento da artrose do joelho “é parecido com o de outras articulações de carga, como a da anca, mas com algumas particularidades devido à sua complexidade anatómica e funcional”, esclarece o médico especialista, acrescentado que é possível dividir o tratamento “em quatro tipos de medidas terapêuticas: medidas não farmacológicas ou gerais, medidas farmacológicas, tratamentos locais e tratamento cirúrgico”.
O tratamento cirúrgico é usado nos “casos mais graves e incapacitantes, a cirurgia artroplástica do joelho que consiste na colocação de uma prótese do joelho. Esta solução constitui, na atualidade, uma modalidade terapêutica bem definida e devidamente implantada no arsenal cirúrgico da Ortopedia, cada vez mais utilizada com resultados excelentes e duradouros”.
Para debater a artrose do joelho e as respetivas terapêuticas, nomeadamente para fazer uma abordagem a alguns aspetos do tratamento protésico da artrose do joelho, médicos da Unidade de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Lusíadas Lisboa, em colaboração com colegas do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar de Lisboa Central e a Sociedade Portuguesa do Joelho, vão promover no dia 18 de junho um encontro intitulado “Um dia com o joelho”.