Vitamina D previne sintomas graves de COVID-19

A vitamina D é essencial para a saúde óssea, resposta imunológica e até mesmo para a memória e pensamento. A vitamina D também está ligada à prevenção de sintomas graves de COVID-19.

Vitamina D previne sintomas graves de COVID-19
Vitamina D previne sintomas graves de COVID-19. Foto: © Rosa Pinto

A vitamina D emergiu já algum tempo como estrela ligada a cuidados de saúde proativos e preventivos. Uma vitamina considerada essencial para a saúde óssea, e baixos níveis de vitamina D ligados a uma série de complicações de saúde.

Agora, a vitamina D volta a ser colocada em destaque devido à sua ligação com a COVID-19. Um estudo recente mostrou que quase 60% dos pacientes com COVID-19, quando internados em hospital, tinham níveis baixos de vitamina D. Em outro estudo, os investigadores descobriram que haver uma possível ligação entre os níveis baixos ou deficiência de vitamina D e a gravidade da COVID-19.

Em face dos resultados dos estudos muitas pessoas começaram a tomar suplementos de vitamina D para se proteger como prevenção da COVID-19. Agora importa conhecer o que faz exatamente a vitamina D? Como podemos obter vitamina D? E quando se deve recorrer a suplementos para aumentar a ingestão de vitamina D?

Por que é importante a vitamina D?

A vitamina desempenha um papel vital na saúde geral. É responsável por aumentar a absorção intestinal de cálcio, magnésio e fosfato, e é essencial para a densidade óssea, na construção do sistema imunológico e na regulação do crescimento celular, entre outras funções biológicas importantes.

A investigação sugere que os baixos níveis de vitamina D podem estar ligados à diabetes e às doenças cardíacas. Estudos mostram que pessoas com níveis baixos de vitamina D e pressão alta tiveram quase o dobro da taxa de ataques cardíacos do que as pessoas com níveis adequados da vitamina, no entanto as razões não totalmente conhecidas.

A vitamina D também pode ajudar a regular a saúde do cérebro, incluindo proteção contra perda de memória e depressão. E embora sejam necessários mais estudos, investigação mostra que a vitamina D pode até proteger contra a esclerose múltipla.

Como obter sua vitamina D?

Existem várias maneiras de obter uma dose diária de vitamina D. Pode ser por meio de dieta, suplementos ou num simples passeio ou estada ao ar livre, isto é numa exposição ao Sol. O nível adequado de vitamina D depende da dieta e da quantidade de Sol no ano.

“Parte da dificuldade de manter os níveis de vitamina D é porque não há uma grande variedade de alimentos que contêm muita vitamina D”, referiu Kristin Gustashaw, nutricionista clínica do Centro Médico da Universidade Rush.

Alimentos que podem fornecer bons níveis de vitamina D:

Gemas de ovo
Leite
Queijo
Peixes gordos, especialmente salmão e cavala selvagens
Atum enlatado em água
Sardinhas
Fígado de boi ou novilho
Produtos fortificados com vitamina D, incluindo certos cereais, pão, sumo de laranja, iogurte e leite de soja

Kristin Gustashaw recomenda uma exposição de pelo menos 15 a 30 minutos por dia ao ar livre quando o Sol não está encoberto.

Os suplementos também podem ser uma ótima fonte de vitamina D, especialmente quando não é possível receber uma boa dose diária pela dieta ou pela luz solar.

Para Kristin Gustashaw “os adultos devem ingerir no mínimo 600 UI de vitamina D por dia e 800 UI se tiverem mais de 70 anos. As crianças devem receber 600 UI por dia. E os bebés de 0 aos 12 meses 400 UI por dia.”

Qual a ligação da vitamina D e a COVID-19?

Enquanto os investigadores continuam a estudar possíveis ligações entre a deficiência de vitamina D e a COVID-19, a grande questão é: “Devo aumentar minha ingestão de vitamina D?

Kristin Gustashaw indicou que a resposta varia de pessoa para pessoa e depende dos níveis de vitamina D. Se já tem uma deficiência de vitamina D, uma boa ideia é aumentar a sua ingestão. Não apenas como uma medida preventiva para sintomas graves de COVID, mas também para uma boa saúde em geral.

“Sabemos que uma grande percentagem da população tem níveis abaixos de vitamina D”, explicou a nutricionista. “Isso pode levar a sintomas como fadiga, cansaço, perda de cabelo, dificuldade na cicatrização de feridas, diminuição da saúde imunológica, dores musculares e muito mais, sem outras causas conhecidas.”

Kristin Gustashaw indicou que se pode determinar os níveis de vitamina D através de um exame de sangue. Um nível baixo é 25-hidroxivitamina D inferior a 30 ng / mL; uma deficiência grave é 25-hidroxivitamina D inferior a 5 ng / mL.

Se tiver um nível abaixo de vitamina D deve consultar um médico ou um nutricionista sobre a melhor maneira de aumentar a ingestão de vitamina D. E esteja atento a quaisquer medicamentos que possa estar a tomar e que possa estar a afetar a absorção da vitamina D, incluindo esteroides (como prednisona); o medicamento para baixar o colesterol colestiramida; e os medicamentos contra convulsões fenobarbital (Luminal) e fenitoína (Dilantin).

Embora a toxicidade da vitamina D seja rara e os casos conhecidos estejam mais associados a erros de fabricação, a investigação não provou que tomar muito mais do que o limite superior da dosagem recomendada seja benéfico.

Uma ingestão excessiva de vitamina D pode, em alguns casos, causar insuficiência renal, calcificação dos tecidos moles por todo o corpo (incluindo vasos coronários e válvulas cardíacas), arritmias cardíacas, e até a morte.