O vinho Villa Oeiras, produzido no concelho de Oeiras, vai a bordo do Navio-Escola Sagres viajar pelo Mundo no âmbito das comemorações dos 500 anos da descoberta do Estreito de Magalhães e da presença do navio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que decorrem de 18 a 27 de julho de 2020. O Navio-Escola Sagres vai ser a “Casa de Portugal” na fase inicial dos Jogos Olímpicos.
O ano de 2020 vai ser um ano marcante para o que é considerado um valioso património natural o vinho Villa Oeiras vai tornar-se um “Torna-viagem” ao cruzar quatro vezes a linha do Equador.
A iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras e Marinha Portuguesa vai permitir o transporte de duas barricas de 280 litros, com o objetivo de o vinho obter as características de “Vinho Torna Viagem”, e ao longo de toda a viagem a realização de três receções a bordo do Navio-Escola Sagres. Quatro alunos das escolas do concelho de Oeiras vão ser premiados com a viagem entre Ponta Delgada e Lisboa e acompanhados pelo vereador da Câmara Municipal de Oeiras com o pelouro da Educação.
Dados sobre a atração do Navio-Escola Sagres indicam haver uma média de 10 mil visitantes por porto, destacando-se em 2010 – Banguecoque, 6 dias com 20 mil visitantes, em 2016 – Rio de Janeiro, durante os Jogos Olímpicos com 56 mil visitantes. Na viagem de Circum-Navegação vão ser visitados 23 portos com uma média de estadia de 4/5 dias. A passagem pelas Cidades da Rede Magalhânica vai exponenciar o potencial promocional.
O Vinho de Carcavelos Villa Oeiras
O vinho de Carcavelos faz parte da impressão digital de Oeiras. Este vinho generoso remonta ao século XIV e atingiu o seu período áureo pelas mãos laboriosas e mente acutilante de Sebastião José de Carvalho e Melo – Marquês de Pombal e Conde de Oeiras. O vinho de Carcavelos correu mundo. Entrou nas mais variadas culturas. Chegou a dar parte da sua ‘alma’ ao vinho do Porto de forma a proporcionar-lhe um ‘corpo’ e um paladar superior. Deste período fértil e auspicioso, decaiu para níveis que sem a intervenção da autarquia era expectável que deixasse de existir.
Nele se pegou e se recuperou e, hoje, a vinha continua a produzir, na encosta virada para o Tejo, na terra que sempre foi fértil, sacudida pelo vento que nos é típico, as castas. No branco, Galego Dourado, a Ratinho, a Arinto, as Rabo-de-Ovelha e a Seara-Nova; no tinto, a combinação perfeita entre as castas Castelão, Amostrinha e a Trincadeira. Castas que misturadas na medida exata, qual alquimia, dá origem ao nosso generoso.
O vinho generoso produzido pelo Município de Oeiras, o Villa Oeiras, conquistou em 2018 seis prémios nacionais e internacionais.