Viagem de avião de longa distância aumenta risco de tromboembolismo venoso

Risco de tromboembolismo venoso aumenta em viagens de avião de longa distância, e para diminuir esse risco devem ser seguidas algumas recomendações, que são dadas a conhecer pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

Viagem de avião de longa distância aumenta risco de tromboembolismo venoso
Viagem de avião de longa distância aumenta risco de tromboembolismo venoso. Foto: © Rosa Pinto

Durante ou após uma viagem de avião de longa distância o risco de sofrer tromboembolismo venoso é maior, estando estimado que anualmente, 3,2 pessoas em cada mil que viajaram de avião num percurso de longa distância sofreram um tromboembolismo venoso.

O Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar (NEDVP) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) alerta a população para este aumento do risco de tromboembolismo venoso “quando a viagem tem uma duração superior a quatro horas e nas duas semanas imediatamente a seguir à viagem, reduzindo progressivamente até às oito semanas seguintes”, esclareceu Ana Oliveira Gomes, membro do secretariado do NEDVP.

A internista esclareceu que “as viagens longas favorecem esta condição, que inclui a embolia pulmonar e a trombose venosa profunda. A trombose venosa profunda ocorre quando se forma um trombo ou coágulo sanguíneo nas veias das pernas. Se esse coágulo se desprende ou fragmenta pode deslocar-se até aos pulmões e provocar uma embolia pulmonar”.

São fatores de risco para este problema de saúde a história de tromboembolismo venoso prévio, neoplasia ativa, cirurgia ou trauma recentes, mobilidade reduzida, idade avançada, trombofilia, gravidez e período pós-parto, uso de medicação com estrogénios, como a pílula ou terapêutica hormonal de substituição na menopausa, altura maior a 1,85 metros ou inferior a 1,65 metros, e obesidade.

Para prevenir o desenvolvimento de um tromboembolismo venoso, o NEDVP deixa algumas recomendações que devem ser adotadas durante uma viagem de avião: “levantar-se e caminhar a cada uma ou duas horas; exercitar-se ou esticar as pernas com regularidade; evitar roupa apertada; beber água e evitar o consumo de álcool ou comprimidos sedativos”.

O Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar tem desenvolvido nos últimos anos diversos materiais de educação sobre o tromboembolismo venoso dirigidos à população. Estes podem ser consultados em: https://www.spmi.pt/nucleo-estudos-doenca-vascular-pulmonar/