No debate dos principais candidatos à presidência da Comissão Europeia, a candidata dos Verdes Europeus, Terry Reintke, destacou a importância de travar a extrema-direita e de reforçar o Acordo Verde Europeu, e referiu: “A maior ameaça à segurança na Europa é a ascensão da extrema-direita.”
Terry Reintke reforçou que “há políticos de extrema-direita que querem desestabilizar esta união, que querem tirar o fundamento daquilo que construiu a paz, a liberdade e a prosperidade na Europa nas últimas décadas.”
“Muitos deles estão a trabalhar com Putin, com a China, tentando minar os nossos interesses”, acusou a candidata dos Verdes Europeus. “Não podemos ter o braço estendido de Vladimir Putin no parlamento. A Europa tem de resistir a esta ameaça. É por isso que apelamos a todos os cidadãos para que se mobilizem e votem em partidos democráticos e pró-europeus no dia 9 de Junho. Um voto nos Verdes significa um voto contra a extrema-direita”, acrescentou Terry Reintke.
Para a candidata do Partido Popular Europeu, Ursula von der Leyen, o partido Irmãos de Itália de Giorgia Meloni é um partido pró-europeu, pró-Ucrânia e pró-Estado de direito”.
No entanto, os Verdes Europeus alertam que “jornalistas italianos escreveram à Comissão Europeia pedindo à Comissária Jourova que proteja a liberdade dos meios de comunicação social em Itália, que está sob ataque do governo Meloni”.
A candidata dos Verdes Europeus confrontou Sandro Gozi, candidato pelo Renew Europe Now, de como os liberais europeus pretendem responder à decisão do seu partido membro, o VVD, de entrar num governo de coligação juntamente com a extrema-direita nos Países Baixos, mas não houve resposta.
Terry Reintke insistiu e alertou: “Se o Renew está empenhado no projeto europeu, deve enviar um sinal muito claro agora de que há consequências quando os seus partidos entram em coligação com a extrema-direita. Não podem simplesmente dizer-nos que resolverão isto depois das eleições europeias. Faça uma reunião de grupo extraordinária e expulse o VVD do seu grupo.”
Para os Verdes Europeus a ascensão de populistas de extrema-direita como Meloni também ameaça o Acordo Verde, uma política que consideram emblemática dos últimos cinco anos.
É lembrado que “há cerca de um ano, uma aliança profana entre o PPE, os liberais e a extrema-direita (ECR e ID) começou a desmantelar elementos-chave do Acordo Verde, como a Lei de Restauração da Natureza”.
Ora a intensificação dos fenómenos meteorológicos extremos, incluindo as ondas de calor do verão passado e as recentes inundações na Alemanha e Itália, sublinham a necessidade urgente de ação climática.