Dada a grave crise socioeconómica na Venezuela, a Comissão Europeia atribuiu hoje uma assistência humanitária adicional de 5 milhões de euros para ajudar os mais necessitados. Uma ajuda que acresce ao valor total de 34 milhões de euros atribuídos em 2018.
Para ajudar a facilitar a assistência humanitária aos parceiros no terreno, a União Europeia (UE) pretende abrir um gabinete de ajuda humanitária na cidade de Caracas.
“Ajudar o povo venezuelano em necessidade é uma prioridade para a União Europeia. Estamos a aumentar a ajuda de emergência para ajudar os mais vulneráveis que não têm acesso a alimentos, medicamentos e serviços básicos e foram forçados a deixar suas casas. Continuaremos também a apoiar os venezuelanos e as comunidades de acolhimento nos países vizinhos ”, afirmou Christos Stylianides, Comissário para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.
O apoio da UE inclui a prestação de cuidados de saúde de emergência, o acesso a água potável e saneamento, bem como educação. O apoio vai também as necessidades de proteção, abrigo e alimentação da população.
A Venezuela está a enfrentar o quinto ano de contínua recessão económica e de hiperinflação. Uma crise que causou o colapso dos sistemas de saúde e de educação, bem colo levou à escassez de alimentos e medicamentos, à violência e à insegurança.
Doenças que já tinham sido anteriormente erradicadas, incluindo sarampo, difteria e a malária, voltaram a manifestar-se. As taxas de desnutrição, particularmente entre as crianças, são críticas. As crianças, mulheres, idosos e populações indígenas são os mais afetados pela crise.
Além disso, a atual crise venezuelana desencadeou movimentos populacionais migratórios sem precedentes, de acordo com o ACNUR-IOM, mais de 1 milhão de venezuelanos estão à procura de abrigo na Colômbia, cerca de 506 mil no Peru e 221 mil no Equador, e muitos outros foram para o Caribe e a América Central. Trata-se já do maior fluxo migratório alguma vez registado na América Latina.