O Plano de Vacinação COVID-19 vai desenvolver-se em três fases. Durante a apresentação do Plano, Marta Temido, Ministra da Saúde, referiu: “A disponibilização de vacinas, quando acontecer a e ao ritmo a que acontecer, vai continuar a precisar de ser acompanhada, durante largos meses, pelo cumprimento das demais regras imprescindíveis para mantermos os nossos sistemas sociais e económicos a responder no período em que ainda não se tenha alcançado a imunidade”.
O desenvolvimento do plano é complexo e de grande dimensão mas Marta Temido lembrou há rigor técnico da equipa de coordenação do plano para a distribuição e administração das vacinas, e que o processo relacionado com a vacinação não começa agora, pois Portugal está, desde junho, a acompanhar o processo da União Europeia sobre o desenvolvimento, produção e disponibilização de vacinas.
O plano prevê, como referiu Marta Temido, que “as vacinas a distribuir terão carácter universal e gratuito”, e que vão ser “administradas de acordo com as características do medicamento”. As vacinas vão ser “disponibilizadas no Serviço Nacional de Saúde, usando o mais possível a cadeia do SNS, e depois eventualmente expansível a outros pontos do sistema de saúde” referiu a ministra, que acrescentou: “Com uma logística segura e com registos que permitam a cada momento seguir e monitorizar o processo nas suas várias dimensões”.
Mas Marta Temido lembrou que “a vacinação vai ter de ser acompanhada durante vários meses pelo cumprimento das demais regras imprescindíveis para podermos manter os nossos sistemas sociais e económicos a responder num período em que ainda não se tenha conseguido alcançar a imunidade”.
A vacinação deverá começar, em Portugal, em janeiro, e em linha com o que está previsto para todos os Estados-membros da União Europeia. A vacina deverá ser distribuída, ao mesmo tempo, a todos os Estados-membros. No entanto, ainda não existem estabelecidas datas, pois dependem da aprovação das vacinas e do ritmo da disponibilidade pelas farmacêuticas.
Plano de Vacinação contra a COVID-19
Francisco Ramos, coordenador do grupo de trabalho que elaborou o plano, afirmou que os com a vacinação pretende-se “reduzir a mortalidade e o internamento em Unidades de Cuidados Intensivos, controlar os surtos nas populações mais vulneráveis, e preservar a capacidade de resposta dos serviços universais”.
Para a definição do plano de vacinação foram definidos os grupos prioritários a partir dos dados conhecidos, que mostram que 97% dos óbitos estão nas pessoas com mais de 50 anos e bem como em 91% dos internamentos hospitalares e 81% dos internamentos em cuidados intensivos. Mas há outras doenças que são fatores de risco importante, das quais se destacam as doenças coronárias, renais e pulmonares.
As fases do plano de vacinação
■ Na primeira fase vão ser vacinadas as pessoas com 50 ou mais anos de idade e que sejam pacientes de determinadas doenças. Também estão incluídos na primeira fase os residentes em lares e em unidades de cuidados continuados, bem como os respetivos profissionais, os profissionais de saúde e dos serviços essenciais, num total previsto de 950 mil pessoas.
■ Na segunda fase serão vacinadas dois grupos de pessoas: as com mais de 65 anos idade que não apresentem sofrer de doenças, e as com possuam entre 50 e 65 de idade e que sofram de diabetes, cancro, insuficiência hepática e renal, obesidade e hipertensão. Nesta fase o plano aponta para 1,8 milhões de pessoas do primeiro grupo e para mais 900 mil no segundo grupo.
■ Na terceira fase será vacinado o resto da população, desde que a indústria produza vacinas à velocidade suficiente; se não for possível o plano prevê a criação de novos subgrupos prioritários, que irão ser vacinados à medida da disponibilidade das vacinas.
A vacinação em Portugal começa em janeiro, como em toda a União Europeia. A vacina será distribuída a todos os países a mesmo tempo, mas ainda sem data, por depender da aprovação das vacinas e do ritmo de produção.