Até 12 de abril de 2021 foram administradas mais de 6,8 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 da Johnson & Johnson (Janssen), nos EUA. O Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e a Food and Drug Administration (FDA) indicam que estão a rever dados respeitantes a seis casos de coágulos sanguíneos raros e graves que ocorreram nos EUA em indivíduos após receberem a vacina da Johnson & Johnson.
Nestes casos, um tipo de coágulo sanguíneo denominado trombose do seio venoso cerebral (CVST) foi observado em combinação com níveis baixos de plaquetas sanguíneas (trombocitopenia). Todos os seis casos ocorreram em mulheres com idades entre os 18 e os 48 anos de idade, e os sintomas ocorreram 6 a 13 dias após a vacinação.
O CDC e a FDA indicam que o tratamento deste tipo específico de coágulo sanguíneo é diferente do tratamento que normalmente pode ser administrado. Normalmente, é administrado o anticoagulante heparina para tratar coágulos sanguíneos. Neste cenário, a administração de heparina pode ser perigosa para o paciente.
O CDC está a proceder a uma análise destas ocorrências de coágulos sanguíneos e a FDA ira rever essa análise, dado que também esta a investigar as mesmas ocorrências. Até que este processo seja concluído, o CDC e a FDA recomendam que, por cautela, não sejam administradas as vacinas contra a COVID-19 da Johnson & Johnson.
Esta suspensão de uso da vacina da Johnson & Johnson é considerada importante, em parte, para garantir que a comunidade de profissionais de saúde esteja ciente do potencial para esses eventos adversos e possa planear o reconhecimento e o uso adequados devido ao tratamento exclusivo necessário com este tipo de coágulo sanguíneo.
Até ao momento, estes eventos adversos parecem ser extremamente raros, no entanto o CDC e a FDA indicam que a segurança da vacina COVID-19 é uma das principais prioridades do governo federal, pelo que são levadas muito a sério todas as notificações de problemas de saúde após a vacinação contra a COVID-19.
As pessoas que receberam a vacina da Johnson & Johnson e que desenvolveram forte dor de cabeça, dor abdominal, dor nas pernas ou falta de ar, no período de três semanas após a vacinação devem entrar em contato com o seu médico. Os profissionais de saúde devem relatar os eventos adversos às entidades competentes.