Com um financiamento de 10 milhões de euros da Comissão Europeia, o projeto europeu ECO-GATE tem como plano de ação global o desenvolvimento da mobilidade em Gás Natural Comprimido (GNC) e em Gás Natural Líquido (GNL), na Europa.
A fase de projeto vai envolver a construção de mais de 20 postos de abastecimento de gás natural veicular nos corredores Atlântico e Mediterrâneo da rede de estradas de Espanha, França, Alemanha e Portugal.
Amadeu Borges, investigador da UTAD, refere, citado em comunicado, que “o gás natural veicular desempenha um papel fundamental para alcançar a mobilidade sustentável, melhorando a qualidade do ar e o cumprimento dos compromissos ambientais”, e acrescenta, explicando, que a sua utilização “elimina aproximadamente 100% as emissões de NO2 e 96% das partículas voláteis PM, fatores-chave para a saúde das pessoas.”
O projeto europeu ECO-GATE suporte uma grande ambição para o mercado do gás natural veicular convencional e renovável, com a implantação de infraestruturas ao longo do Corredor Atlântico e do Corredor do Mediterrâneo com recurso a novas tecnologias e a soluções inovadoras, o que, de acordo com as entidades envolvidas, “vai permitir a implantação rápida e maciça deste combustível alternativo, graças a uma redução significativa no custo unitário e uma maior compreensão e conhecimento das necessidades do cliente.”
O investigador da UTAD esclarece que o gás natural é um “combustível alternativo tecnologicamente maduro, cujo uso é generalizado, há décadas, em vários países, especialmente na América Latina e em muitos países europeus, como Itália, onde é usado por um milhão de veículos, e Alemanha, por meio milhão de veículos.”
Envolvido no ECO-GATE está o Grupo Dourogás, que é um dos principais players do setor energético a nível nacional, no domínio do gás natural e da eletricidade. O Grupo Dourogás é o principal investidor do Consórcio, que se propõe criar 5 novas infraestruturas de gás natural veicular, sendo 4 em Portugal e 1 em Espanha.
A decisão e objetivos do Grupo Dourogás vai no sentido do cumprimento da Diretiva Europeia dos Combustíveis Alternativos, em que os Estados Membros devem assegurar a existência de uma rede de abastecimento de GNC e de GNL que viabilize a utilização do gás natural enquanto combustível mais limpo, mais económico e mais sustentável a médio e a longo prazo.
A rede de abastecimento de GNC e GNL deve concorrer “de forma substancial para o incremento da competitividade das empresas, para a redução dos encargos das famílias com combustível e para a melhoria da qualidade do ar, por via da redução de emissões de passivos ambientais.”
O consórcio ECO-GATE
O consórcio europeu de gás natural para a mobilidade, o ECO-GATE, liderado pela GAS NATURAL FENOSA através da empresa de distribuição Gas Natural Madrid, que é a responsável pela gestão e coordenação do projeto, é constituído por empresas da área tecnológica e de serviços, por operadores de gás natural e por especialistas de mercado e de promoção do consórcio.
De entre os parceiros fornecedores de tecnologia e serviços, encontra-se a UTAD, a Cetil Dispensing Tecnology, a Soltel IT Solutions, a Fundacion CIDAUT, a EVARM Innovacion, a Fundación IMDEA Energia, a Audigna, a GHENOVA Ingenieria e a Madisa, no conjunto das 29 empresas, em que 24 são de Espanha, 3 de Portugal, 1 de França e 1 da Alemanha.
No conjunto de operadores de gás natural encontram-se envolvidos a Gas Madrid Natural, a Enagas Transporte, a Dourogás Natural, a Endesa Energia, a Agas Siglo XXI, a Galp Energia, a EDP, a Repsol, a Gás Natural Europe, a Inversora Melofe e a Molgas Energia, e como utilizadores finais, a Correos, a San José López e a EMT Palma.
Como especialistas de mercado e de promoção do consórcio estão envolvidas no ECO-GATE, a Gasnam, a Autoridad Portuaria de Gijón, a Autoridad Portuária de Huelva, a Universidade de Santiago de Compostela e a Soulman Insightful Thinking.