O Parlamento Europeu reelegeu, com 401 votos a favor, Ursula von der Leyen presidente da Comissão Europeia, depois de ter cumprido um mandato por eleição em julho de 2019.
Atualmente, o Parlamento Europeu é composto por 719 deputados, e de acordo com as regras a eleição de presidente da Comissão Europeia é feita por uma maioria de pelo menos 360 votos. A votação, feita por voto secreto, em papel, levou a que 401 deputados a votar a favor de Ursula von der Leyen, 284 contra e 22 votaram e branco ou nulo.
Antes da votação, Ursula von der Leyen apresentou o que considera serem as suas prioridades políticas para os próximos cinco anos, onde destacou um novo Pacto Ecológico Industrial, para impulsionar a descarbonização e o crescimento industrial, e um Fundo Europeu para a Competitividade, para impulsionar a inovação.
Ursula von der Leyen defendeu que iria reforçar a segurança, duplicando os funcionários da Europol e triplicando o número de guardas costeiros e de fronteira europeus, para 30 mil. Também propôs o que designou “um Escudo Europeu para a Democracia”, para combater a manipulação da informação e a ingerência por parte de agentes estrangeiros, bem como um Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis.
A presidente da Comissão indicou igualmente um plano para a agricultura, a fim de dar resposta à necessidade de adaptação às alterações climáticas, e um roteiro para os direitos das mulheres, e afirmou: “Devemos permitir que os jovens tirem o máximo partido das liberdades da Europa”, e salientou a importância do programa Erasmus+, da saúde mental e da resolução de questões relacionadas com o tempo de ecrã e as redes sociais, incluindo as práticas de dependência.
Mas deu particular importância à área da defesa, com uma proposta para a criação de um novo cargo de comissário da Defesa, com a missão de impulsionar a União Europeia da Defesa. A necessidade da UE ter um sistema de defesa aérea abrangente – um escudo aéreo europeu – para proteger o espaço aéreo e “como um forte símbolo da unidade europeia em matéria de defesa”, foi outra das orientações defendidas.