A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, levou à cimeira do G7, em Hiroshima, no Japão, os grandes desafios mundiais de saúde pública, com a preocupação de que “a próxima crise de saúde não pode nos pegar despreparados”.
Com base nas lições tiradas durante a última pandemia de COVID-19, a Ursula von der Leyen apresentou cinco prioridades:
■ Primeiro, devemos fortalecer a arquitetura global de saúde. Precisamos de uma coordenação global mais forte na prevenção, preparação e resposta a futuras pandemias. A Organização Mundial da Saúde merece uma reforma, com recursos para cumprir seu papel de liderança como o centro nevrálgico da saúde global.
■ Segundo, temos que intensificar nosso envolvimento com países menos preparados para lidar com emergências de saúde. Eles precisam de pessoal mais qualificado, melhor infraestrutura e mais envolvimento da comunidade. E temos que aumentar as capacidades locais para produzir vacinas nos locais onde são necessárias. A União Europeia está a apoiar países como o Senegal, a África do Sul, o Gana ou o Ruanda, onde os projetos de produção local estão agora a criar raízes. Precisamos começar a pensar em centros de fabricação regionais que atendam as regiões
■ Terceiro, o financiamento. Devemos trabalhar em conjunto com o G20 para garantir que, no caso de uma futura pandemia, o dinheiro possa ser aplicado de forma mais rápida e eficiente. Na pandemia de COVID, os canais habituais para financiar contramedidas médicas demoraram muito.
■ Quarto, concordo que a Cobertura Universal de Saúde é essencial para um futuro sustentável e saudável. Portanto, apoio o Plano de Ação Global do Japão nessa área.
■ Em quinto a Presidente da Comissão Europeia concluiu referindo “a importância da resistência antimicrobiana”, e que “a prevenção e a inovação são a única forma de travar esta ‘pandemia silenciosa’”. Para isso “devemos estabelecer metas concretas para reduzir o uso de antibióticos, melhorando a conscientização pública e treinando os profissionais de saúde. E precisamos de mais pesquisas em novas tecnologias e novos antibióticos.”