Na Cimeira de Ação sobre Inteligência Artificial (IA) a decorrer em Paris, França, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chamou a atenção que “a Europa é um dos maiores mercados digitais do mundo”, em que a digitalização está presente na entrega diária dos mais variados produtos.
Ursula von der Leyen referiu: “O panorama das startups na Europa está a crescer”, e “o número de empresas de IA que se tornaram unicórnios aumentou 10 vezes nos últimos anos.” “O número de profissionais de IA per capita é superior ao de qualquer outra região do mundo” e “uma base industrial única e forte”, que gera “uma incrível riqueza de dados.”
“Queremos que a IA seja treinada com estes dados de elevadíssima qualidade, provenientes da cooperação entre as indústrias e o setor público”, e para isso, “criámos hubs de talento e computação”, a que chamamos “fábricas de IA”, referiu a Presidente da Comissão Europeia.
A presidente acrescentou: “Nas nossas fábricas de IA, os nossos melhores cientistas e startups têm acesso aos nossos supercomputadores de classe mundial para criar a IA de que necessitamos”. Ao todo foram criadas “12 fábricas de IA em apenas alguns meses” e “7 já estão em funcionamento e as outras 5 em desenvolvimento.”
“Algumas empresas europeias de IA já se estão a especializar em aplicações empresariais. Empresas inovadoras como a Mistral e a Helsing”, e “muitas outras, estão a desenvolver produtos adaptados às necessidades comerciais específicas”, como seja, “serviço ao cliente, drones inteligentes, gestão de frotas inteiras de navios comerciais”.
No entanto, Ursula von der leyen referiu que “ isso não é suficiente”, e por isso as startups “precisam de recursos para crescer”, pois “estamos longe da adoção generalizada da IA na nossa economia e sociedade”. Assim, “queremos expandir o nosso modelo de cooperação aberta para poder acolher inovação de ponta em IA.”
“Como a IA exige uma enorme capacidade computacional, o próximo passo será lançar Gigafábricas de IA. Grandes infraestruturas de dados e computação para treinar muito grandes modelos. Projetos semelhantes foram também anunciados nos EUA por importantes empresas de IA. Mas com as nossas Gigafábricas Europeias, o poder computacional não será monopólio de alguns. Será um serviço acessível a todos”, referiu a Presidente da Comissão Europeia.