A Comissão Europeia decidiu hoje continuar manter, por mais cinco anos, as medidas antidumping sobre as importações de bicicletas produzidas na China. A Comissão proibiu também a importação de bicicletas da Indonésia, da Malásia, do Sri Lanca, da Tunísia, do Camboja, do Paquistão e das Filipinas dado que as bicicletas chinesas estavam a passar por estes países para depois serem reexportadas para a União Europeia.
As medidas antidumping foram inicialmente impostas em 1993 e foram prorrogadas várias vezes desde essa data. Os direitos antidumping vão até 48,5 %. O inquérito de reexame iniciado no ano passado concluiu que existia uma forte probabilidade de continuação do dumping e de reincidência do prejuízo, caso as medidas viessem a caducar.
A indústria de bicicletas da União Europeia produz anualmente mais de 11 milhões de bicicletas em 22 Estados-Membros, e representam 100 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A Comissão estimou a capacidade total de produção da China em 117 milhões de bicicletas, e a capacidade não utilizada da indústria chinesa seria de cerca de 37 milhões de bicicletas, o que representa mais do dobro do consumo total na União, ou seja, 18 milhões de unidades.
No reexame da situação da importação de bicicletas da China a Comissão Europeia verificou que o total das exportações chinesas de bicicletas, durante o período de inquérito de reexame, estas ascenderam a cerca de 58 milhões de unidades, destas 15 milhões foram vendidas aos EUA, ou seja, 26 % do total das exportações chinesas de bicicletas.
O preço médio das exportações chinesas para os EUA é de 50 euros por unidade, um valor inferior ao das exportações para a União Europeia que foi de 64 euros por unidade, um valor significativamente inferior ao preço de venda médio dos produtores da União Europeia que foi de 129 euros por unidade.