As negociações entre a União Europeia (UE) e a Nova Zelândia que se iniciaram hoje em Wellington, capital da Nova Zelândia têm como objetivo eliminar os obstáculos ao comércio de mercadorias e serviços, entre as duas economias “bem como definir regras comerciais para facilitar o comércio e defender a respetiva sustentabilidade.”
As negociações com a Nova Zelândia seguem-se ao início das negociações, nesta semana, com a Austrália, e surgem pouco tempo depois da conclusão das negociações com o México, da finalização dos acordos com o Japão e Singapura bem como do acordo comercial entre a UE e o Canadá, que entrou em vigor em setembro de 2017.
A comissária Cecilia Malmström referiu: “Estamos hoje perante uma etapa importante das relações UE-Nova Zelândia. Podemos celebrar juntos, um acordo vantajoso para ambas as partes, que beneficie tanto as empresas como os cidadãos.”
A responsável europeia pelo Comércio acrescentou: “Os acordos comerciais representam não só oportunidades económicas, mas permitem reforçar os laços que nos unem aos nossos aliados mais próximos. É o caso da Nova Zelândia, que sabemos ser um parceiro com o qual partilhamos os mesmos valores fundamentais. Este acordo é uma excelente oportunidade para definir regras comuns ambiciosas e configurar a globalização, facilitar o comércio e defender o desenvolvimento sustentável. Podemos dar um bom exemplo.”
A primeira ronda oficial de negociações, entre as equipas de negociadores de ambas as partes, está agendada para Bruxelas, de 16 a 20 de julho.
Em 2017, o comércio bilateral de mercadorias entre a UE e a Nova Zelândia atingiu os 8,7 mil milhões de euros. Os setores que representam a maior parte das exportações da UE para a Nova Zelândia são produtos manufaturados, por exemplo, equipamentos de transporte, máquinas e aparelhos e ainda produtos químicos, plásticos, géneros alimentícios e serviços. Neste último caso, o comércio de serviços representou 4,4 mil milhões de euros, em 2016.
A UE é o terceiro maior parceiro comercial da Nova Zelândia e o acordo poderá aumentar em quase 50 % o comércio de mercadorias, ou um terço se considerarmos tanto o comércio de mercadorias como o de serviços.
A Nova Zelândia é uma das economias desenvolvidas em mais rápido crescimento. Negociou recentemente um acordo abrangente e progressivo para uma parceria transpacífica (CPTPP) com 10 outros países da região do Pacífico.
O acordo entre a UE e a Nova Zelândia irá assegurar que as empresas europeias possam beneficiar de condições equitativas de concorrência em relação a empresas de países com os quais a Nova Zelândia já celebrou acordos comerciais.