A Rússia tem vindo, de forma sistemática, a destruir a infraestrutura energética da Ucrânia, levando o fornecimento de energia elétrica à população tenha vindo a sofrer cada vez mais cortes. Com a aproximação do inverno a situação tenderá a piorar
É neste quadro que a Comissão Europeia anunciou o aumento do financiamento humanitário à Ucrânia em 40 milhões de euros. Janez Lenarčič, Comissário responsável pela Gestão de Crises, referiu que 35 milhões de euros irão ser alocados a projetos humanitários na Ucrânia e 5 milhões de euros para apoiar refugiados ucranianos e suas comunidades anfitriãs na Moldávia.
O foco principal do financiamento é ajudar a preparar a Ucrânia para os meses frios do inverno. Em conjunto com seus parceiros humanitários, a União Europeia pretende reparar edifícios danificados, garantir eletricidade e aquecimento e fornecer abrigo aos mais necessitados.
Na Moldávia, o novo financiamento tem como alvo os refugiados mais vulneráveis, para fornecer-lhes proteção e acesso a serviços básicos e para melhorar a preparação para fluxos adicionais de refugiados.
De lembrar que a União Europeia tem fornecido ajuda humanitária na Ucrânia desde 2014 e está operar ativamente em todo o país, com prioridade em áreas de difícil acesso perto das linhas de frente nas regiões leste e sul. Após a invasão pela Rússia em 2022, a União Europeia intensificou substancialmente os esforços de socorro na Ucrânia.
Desde fevereiro de 2022 a Comissão Europeia já destinou um total de 966 milhões de euros para programas de ajuda humanitária para ajudar civis afetados pela guerra na Ucrânia. Deste financiamento, 895 milhões de euros foram destinados a programas humanitários na Ucrânia e 71 milhões de euros para apoiar refugiados que fugiram para a vizinha Moldávia.
Além das suas operações de ajuda humanitária, a Comissão Europeia tem coordenado a sua maior operação de sempre no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia ao entregar mais de 150 000 toneladas de assistência em espécie à Ucrânia, como ambulâncias, carros de bombeiros, medicamentos, suprimentos para abrigos, geradores de energia e muito mais.
A União Europeia também implantou o seu stock de emergência de Proteção Civil para enviar geradores de energia, equipamentos médicos, abrigos temporários e equipamentos especializados para riscos à saúde pública, como ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.