A UNESCO classificou o Real Edifício de Mafra como Património Mundial. A decisão foi tomada hoje, na 43.ª Sessão do Comité do Património, em Baku, no Azerbaijão. A UNESCO considerou as características históricas, sociais e artísticas que definem o valor universal excecional do conjunto monumental do Palácio Nacional de Mafra que inclui para além do Palácio a Basílica, cujo frontispício une os aposentos do Rei e da Rainha, o Convento, o Jardim do Cerco e a Tapada. Trata-se de uma das mais emblemáticas e magnificentes obras do Rei D. João V.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva, este é “um momento histórico para os mafrenses e para os portugueses, constituindo um motivo de orgulho e um compromisso de futuro”.
Hélder Sousa Silva referiu que “o monumento que é a síntese em ‘pedra e mármore’ da cultura Barroca europeia não só marcou para sempre a identidade do concelho, como constitui a razão pela qual Mafra se encontra incluída, desde a primeira metade do século XVIII, nos itinerários culturais, religiosos, turísticos e académicos como símbolo de arte de expressão internacional”.
“Este reconhecimento constitui, mais do que um ponto de chegada, um ponto de partida, tanto para uma renovada consciencialização coletiva para a proteção acrescida do bem, no profundo respeito pela sua magnificência e pela plena fruição pública, como para a introdução de novas dinâmicas, posicionando-o como um local de (re)encontros: dos mafrenses com a sua história; dos nacionais e estrangeiros com um conjunto patrimonial diversificado na tipologia, mas único no conceito” apresentou o autarca de Mafra.
O Diretor Geral da Associação Turismo de Lisboa (ATL) e Presidente da Entidade Regional da Região de Lisboa (ERT-RL), Vitor Costa, referiu: “Esta distinção engrandece todo o valor universal excecional do Real Edifício de Mafra, atribuindo-lhe um lugar de ainda maior destaque na oferta turística da região”.
“O Real Edifício de Mafra apresenta um dos mais excecionais exemplos da arquitetura e da arte barroca, é uma obra de extraordinário impacto internacional e expressa um importante intercâmbio de valores humanos e artísticos em vários momentos da sua história, fatores estes muito valorizados pelos turistas estrangeiros que nos visitam” conclui Vitor Costa.
Para o Diretor do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira, “a inevitabilidade de um reconhecimento não poderia, nem deveria ser protelada. Mafra e o seu monumento há muito que mereciam esta inscrição na lista do Património Mundial”.
Para a Escola das Armas “com este reconhecimento que muito valoriza o Concelho de Mafra e Portugal. A Escola das Armas e o Exército continuarão, em sintonia com os outros parceiros deste projeto, a trabalhar para a conservação deste valioso património nacional, agora também considerado Património Mundial”, referiu o Comandante da Escola das Armas, Brigadeiro-General Silva Rodrigues.
Para a Presidente da Direção da Tapada Nacional de Mafra, Paula Simões, foi “feita uma aposta na requalificação deste património natural, pondo em evidência os aspetos identitários e singulares, esta atribuição projeta internacionalmente este lugar”.
“Neste momento, conseguimos transmiti-lo às gerações futuras com um valor acrescentado, e igualmente gerar um estímulo à continuidade da sua conservação e proteção”, esclareceu Paula Simões.
Capoulas Santos, Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, descreve a Tapada Nacional de Mafra como “reserva de biodiversidade, ponto de encontro de gerações e espaço de lazer sem paralelo, que constitui um motivo de orgulho, abrindo as suas portas aos visitantes de todo o Mundo, que passarão a conhecer melhor este espaço e a sua História”.
A responsável pela Tapada Nacional de Mafra concluiu que “a atribuição deste estatuto pela UNESCO é importante para a projeção internacional da região e o país. A primeira pesquisa que é feita pelos turistas no Google, no Booking ou no Trip Advisor é saber aquilo que é Património Mundial. Todos beneficiaremos do crescimento turístico que virá, será uma mola de desenvolvimento da região e permitirá aos operadores turísticos criar novas rotas”.
O Pároco de Santo André de Mafra, Luís de Barros, afirmou que “os paroquianos de Mafra têm o privilégio de poder celebrar a sua fé na Basílica do Real Edifício de Mafra, um templo que é verdadeiramente inspirador: da estatuária italiana ao conjunto instrumental dos seis órgãos e dos dois carrilhões, incluindo a magnífica paramentaria. Face à distinção atribuída pela UNESCO, a Paróquia de Santo André de Mafra manifesta a sua alegria e renova o seu empenho na preservação, valorização e divulgação deste património singular”.
O dossiê com a proposta para a inscrição do Real Edifício de Mafra na lista do Património Mundial da UNESCO foi desenvolvido sob a coordenação da Direção Geral do Património Cultural e da Câmara Municipal de Mafra, com a colaboração do Palácio Nacional de Mafra, Escola das Armas, Tapada Nacional de Mafra e Patriarcado de Lisboa – Paróquia de Santo André de Mafra.