Em Cracóvia o Comité do Património Mundial da UNESCO, na sua reunião anual, validou a inscrição da candidatura ‘Lisboa Histórica, Cidade Global’ na Lista Indicativa de Portugal a Património Mundial. Com esta inscrição está “concretizado o primeiro passo para poder ser apresentada ‘a candidatura’ à lista de Património Mundial da Humanidade.”
A candidatura de ‘Lisboa Histórica, Cidade Global’ “é abrangente e integrada, assente no conceito de Paisagem Urbana Histórica, que se estende além da noção convencional de centro histórico e valoriza o contínuo histórico e espacial”, indicou a Câmara Municipal de Lisboa, em comunicado.
Na candidatura a abordagem usada inclui, entre outros caraterísticas, “a topografia do local, a geomorfologia, hidrologia, os recursos naturais, o seu ambiente construído, tanto histórico como contemporâneo, as suas infraestruturas acima e abaixo do nível do solo, os seus espaços abertos e jardins, os seus padrões de uso do solo e a organização espacial, perceções e relações visuais, bem como todos os outros elementos da estrutura urbana.”
A abordagem também “inclui práticas e valores sociais e culturais, processos económicos e as dimensões intangíveis do património relacionado com a diversidade e identidade.”
A inscrição de ‘Lisboa Histórica, Cidade Global’ na lista indicativa da UNESCO foi aprovada, por unanimidade, em 2016, em reunião de CML, “por proposta subscrita pelos vereadores Manuel Salgado e Catarina Vaz Pinto, e posteriormente, foi aprovada pela Comissão Nacional da UNESCO, no âmbito da atualização da Lista Indicativa de Portugal, em maio de 2016.”
A área proposta da ‘Lisboa Histórica, Cidade Global’ corresponde ao plano de reconstrução da cidade, aprovado em 1758, incluindo a Baixa Pombalina entre o antigo Terreiro do Paço, hoje Praça do Comércio, a colina do Chiado e a área adjacente ao rio.
Para Fernando Medina, Presidente da CML, “a notícia da inclusão de ‘Lisboa Histórica, Cidade Global’ na lista indicativa da UNESCO reveste-se de enorme importância para o Município, que assim vê reconhecido o trabalho preparatório já feito”.
O Presidente da CML acrescenta que o Município “encara, desde já, com empenho, o desafio para o seu aprofundamento, com vista a apresentar Lisboa como uma cidade singular nas suas características, uma urbe em constante transformação, onde coexistem o antigo e o contemporâneo, cosmopolita, inclusiva, sustentável e solidária, candidata a ser distinguida como Património da Humanidade.”