A investigação e a inovação devem ser prioritárias nos orçamentos nacionais e da União Europeia, e deve ser duplicado o orçamento do próximo programa quadro de apoio à ciência, que venha a seguir ao atual programa Horizonte 2020. Estas são duas das onze recomendações apresentadas hoje pelo grupo de alto nível de peritos liderados por Pascal Lamy, sobre a nova visão da investigação e inovação na Europa pós 2020.
Para o grupo de peritos, o próximo programa europeu de investigação e inovação deve, também, “envolver os cidadãos na resolução de desafios globais através de missões de inovação amplamente mobilizadoras.”
Mais de 700 cientistas, peritos em inovação, empresários e governantes políticos encontram-se a debater o futuro da investigação e inovação na Europa na conferência Researche & Innovation – Shaping our future. A conferência organizada por Carlos Moedas, Comissário para Investigação, Ciência e Inovação, aborda em debate o relatório apresentado pela equipa de Pascal Lamy.
Para Carlos Moedas, Comissário Europeu para a investigação, Ciência e Inovação, “a investigação e a inovação fazem uma grande diferença na produtividade, aumentando a competitividade e melhorando de forma tangível a nossa qualidade de vida.”
O Comissário acrescentou: “A Europa é uma potência científica global, mas é preciso aproveitar melhor os benefícios deste conhecimento, transformando-o em valor para a economia e para a sociedade através da inovação.”
“O trabalho do grupo independente presidido por Pascal Lamy”, com “as suas recomendações, constitui uma base sólida para a nossa reflexão sobre o programa de financiamento que vai suceder o Horizonte 2020.”
De acordo com o relatório de Pascal Lamy dois terços do crescimento económico nos países industrializados devem-se à investigação e à inovação, pelo que as recomendações que são apresentadas centram-se na maximização do impacto dos investimentos da UE na investigação e na inovação, de forma a aumentar a prosperidade e resolver os maiores desafios sociais da Europa.
Para se atingirem os objetivos pretendidos o Grupo de peritos propõe onze recomendações:
1.Dar prioridade à investigação e à inovação nos orçamentos da UE e nos orçamentos nacionais, duplicando o orçamento do programa de investigação e inovação da UE pós 2020;
2.Criar uma verdadeira política de inovação da UE que crie futuros mercados;
3.Educar para o futuro e investir em pessoas que vão fazer a mudança;
4.Conceber o programa de investigação e inovação para um maior impacto;
5.Adoptar uma abordagem orientada para missão e para enfrentar os desafios globais;
6.Racionalizar a paisagem de financiamento da UE e alcançar sinergias com os fundos estruturais;
7.Simplificar ainda mais o impacto de privilégios sobre o processo;
8.Mobilizar e envolver cidadãos;
9.Alinhar melhor o investimento na UE e nacional em investigação e inovação;
10.Fazer da cooperação internacional em investigação e inovação uma marca registada da investigação e inovação da UE;
11.Capturar e comunicar melhor o impacto.