A Ucrânia assumiu a independência a 1 de dezembro de 1991, no seguimento de um referendo. Uma independência declarada a 24 de agosto de 1991 pelo Parlamento ucraniano, e que se deu no seguimento da perestroika e com o desmoronar da União Soviética, também em 1991, da qual fazia parte desde 1922.
A evolução para uma democracia estilo ocidental tem vindo a desenvolver-se com os paradoxos e contradições próprias de um grande território onde diferentes interesses e o despertar para novos modelos políticos geoestratégicos não tem sido sempre pacífico.
Conflitos regionais nos territórios a leste e a sul bem como a anexação da Crimeia pela Rússia tem mantido a Ucrânia a lutar “pela sua independência e integridade territorial contra o país vizinho – a Rússia, que, de acordo com o Memorando de Budapeste, assinado em 1994, deveria ser um dos garantes da soberania ucraniana”, referiu, em comunicado, a Embaixada da Ucrânia em Lisboa.
Nos últimos anos a Ucrânia tem desenvolvido uma política de aproximação à União Europeia e vindo a implementar algumas reformas estruturantes. Atualmente já vigora um sistema de isenção de vistos e um acordo de Associação com a União Europeia.
A economia está atualmente a desenvolver-se, tendo-se verificado um crescimento de 2,5% em 2017, e as previsões para 2018 são de 3%. Em termos de transações verifica-se um aumento crescente do volume comercial com os Estados-Membros da União Europeia, sendo estes os “principais parceiros comerciais da Ucrânia.”
A embaixada da Ucrânia em Lisboa indicou que “mais de 10 mil empresas ucranianas trabalham no mercado europeu”, e que dados estatísticos dos primeiros cinco meses de 2018, apontam que o peso das exportações da Ucrânia para o mercado da União Europeia foi 41,7%.
O crescimento das exportações ucranianas para a UE é “devido ao funcionamento da Zona de Comércio Livre Global e Aprofundado com a UE, desde 1 de janeiro de 2016.”
A Ucrânia tem vindo a manifestar interesse em integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Procedeu a uma reestruturação das Forças Armadas e adotou uma lei “Sobre a Segurança Nacional da Ucrânia”.
Desde os últimos anos da década de 1990 os ucranianos começaram a vir, em maior número, para Portugal, em especial de 1999 a 2002. Atualmente os ucranianos estão completamente integrados na sociedade portuguesa, desempenhando um papel importante na economia, na vida social, e nas artes.
Portugal e a Ucrânia têm vindo a aumentar as relações em todas as esferas, quer dentro do âmbito da União Europeia bem como nas relações bilaterais. O Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, visitou oficialmente Portugal em dezembro de 2017, o Ministro da Defesa Nacional português, José Alberto de Azeredo Lopes visitou oficialmente a Ucrânia em abril de 2018, e foi realização da Segunda Reunião da Comissão Mista Intergovernamental de Cooperação Económica entre a Ucrânia e Portugal no passado mês de junho.
Declarações dos governantes da Ucrânia e de Portugal apontam para a necessidade de um maior reforço das relações económicas e culturais entre os dois países.