Os profissionais de saúde estimam que três em cada cem crianças internadas nos hospitais portugueses sofrem de uma ferida crónica. Uma condição de saúde de grande importância levando a que seja um dos principais temas a ser debatido no Congresso da Associação Portuguesa de Tratamento de Feridas (APTFeridas), a decorrer de 15 e 16 de novembro, no Pavilhão Multiusos de Gondomar.
As feridas crónicas mais comuns nas crianças são as úlceras por pressão, associadas a dispositivos médicos, e “estudos indicam que em média uma criança pode ser portadora de uma ferida crónica durante 1 ano a 1 mês”, indicou a APTFeridas.
Paulo Alves, presidente da APTFeridas, referiu: “As úlceras de pressão são um indicador da qualidade dos cuidados prestados nos hospitais, mas também representam um problema de saúde pública e provocam sofrimento e diminuição da qualidade de vida das crianças e dos cuidadores.”
O especialista indicou ainda que os “dados recentes indicam que cerca de 95 por cento das úlceras de pressão são evitáveis”. Estas feridas pediátricas, nomeadamente as causas, vão ser debatidas “por peritos e investigadores, nacionais e internacionais, de reconhecida competência na área da investigação, prevenção e tratamento do doente com ferida” no Congresso APTFeridas, com o alto do patrocínio da Presidência República.