Todos os profissionais de prestação de cuidados de saúde nos estabelecimentos residenciais de apoio social para idosos e serviços de apoio domiciliário de toda a região metropolitana de Lisboa, vão ser submetidos a testes de diagnóstico e de rastreio à COVID-19 a partir de segunda-feira, dia 27 de abril. Estão excluídos destes testes todos os profissionais que atuam onde já se registam casos positivos de infeção por COVID-19.
Esta medida a realizar na Área Metropolitana de Lisboa (AML) integra a estratégia nacional de mitigação dos efeitos da pandemia de COVID-19 no conjunto das respostas sociais prestadas à população. A AML indicou que na primeira semana, irão ser testados cerca de 500 profissionais por dia.
A AML indicou que a metodologia a usar vai permitir acelerar e maximizar a eficácia do processo, para isso vão ser envolvidas duas equipas no terreno uma a norte e outra a sul, ou seja uma equipa para os municípios da margem norte e outra para a margem sul do rio Tejo.
Cada uma das equipas multidisciplinares, coordenada pela proteção civil, vai fazer, diariamente, as colheitas de zaragatoas aos profissionais. Um dia por concelho, começando pelos concelhos com maior número de utentes nestas unidades. Depois de todos os concelhos estarem abrangidos, serão feitas novas rondas, até a totalidade dos testes ser efetuada.
Seguindo a metodologia estabelecida, na segunda-feira os testes começam em Sintra (norte) e Setúbal (sul). Os municípios de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Vila Franca de Xira já iniciaram este processo.
Os testes de laboratório de PCR-TR vão ser feitos na Faculdade de Ciências, Instituto Superior Técnico e Instituto de Medicina Molecular, da Universidade de Lisboa, Instituto de Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, e Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz.
No conjunto a capacidade de laboratório é de cerca de 250 testes em cada uma das zonas, por dia, na primeira semana. Nas semanas seguintes, a capacidade deverá aumentar substancialmente, com o envolvimento do Instituto Politécnico de Setúbal e da Fundação Champalimaud. No final do processo, terão sido testados a totalidade dos trabalhadores, num número aproximado de 8.000.
A AML esclareceu que “realização dos testes de rastreio destas instituições será antecedida, alguns dias antes, por visitas técnicas aos equipamentos, compostas por equipas multidisciplinares preventivas, que permitirão não só clarificar e planificar os procedimentos que se deverão observar posteriormente nas visitas, como também garantir que todas as condições de segurança sanitária são cumpridas”.
“A recolha, colheita e entrega de testes para análise será feita por técnicos dos agrupamentos dos centros de saúde e das comissões de proteção civil”, indicou ainda a AML.
As medidas foram articuladas numa reunião, por videoconferência, que decorreu dia 23 de abril, onde participaram representantes dos municípios (em alguns casos, os seus presidentes), o secretário de estado dos assuntos parlamentares, Duarte Cordeiro, na qualidade de coordenador da execução da declaração do estado de emergência na Região de Lisboa e Vale do Tejo, o primeiro secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho, membros da comissão executiva da Área Metropolitana de Lisboa, e representantes locais, regionais e distritais da proteção civil, segurança social e saúde.