A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta que de acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a previsão do tempo para os dias 1 e 2 de novembro é de um forte precipitação, vento forte, agitação marítima e queda de neve.
Para quarta-feira, 1 de novembro
■ Períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes, a norte do Cabo Mondego durante a manhã e no litoral Norte, a partir do final da tarde;
■ Precipitação persistente nas regiões montanhosas do Minho e Douro-Litoral, podendo exceder 40 mm em 6 horas;
■ Vento forte, com rajadas até 70 km/h no litoral Norte e, no final do dia, com rajadas até 90 km/h no Norte e Centro;
■ Agitação marítima na costa ocidental, a norte do cabo Raso, com ondas de 4 a 5 metros.
Para quinta-feira, 2 de novembro
■ Períodos de chuva, por vezes forte, a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até ao início da manhã, passando a regime de aguaceiros a partir da manhã;
■ Possibilidade de queda de neve acima de 1200/1400 metros de altitude;
■ Vento forte nas terras altas do Norte e Centro, com rajadas até 100 km/h.
■ Agitação marítima forte a sul do cabo Raso, com ondas de 5 a 7 metros (podendo atingir 14 metros de altura).
Informação Hidrológica
A informação Hidrológica disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), aponta para:
■ Bacia Hidrográfica do rio Minho: O caudal no rio Minho mantém-se acima dos 800 m3/s, podendo aumentar ligeiramente se houver descargas na barragem de Frieira;
■ Bacia hidrográfica do rio Lima: Mantém-se o estado de alerta amarelo pela possibilidade de aumento das descargas do sistema Alto Lindoso-Touvedo;
■ Bacia hidrográfica do rio Cávado: Mantém-se o estado de alerta amarelo pela possibilidade de aumento das descargas da Caniçada.
Efeitos esperados do tempo
Os episódios de precipitação intensa, vento forte, agitação marítima e queda de neve, estão normalmente associados:
■ À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
■ A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
■ À instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
■ A piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve;
■ Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
■ Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
As medidas preventivas a adotar
A ANEPC recorda que o eventual impacto dos efeitos de mau tempo pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
■ Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
■ Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
■ Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
■ Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
■ Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
■ Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
■ Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
■ Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.