Mais de 45% dos portugueses inquiridos considera que os telemóveis ou computadores portáteis, profissionais, para uso de trabalho remoto, influenciam negativamente a sua vida pessoal, concluiu estudo Work Life Balance da Michael Page.
O estudo Work Life Balance, da consultora de recrutamento mundial Michael Page, foi realizado em 13 países da Europa, com o objetivo de avaliar o impacto que os equipamentos fornecidos pelas empresas têm na vida pessoal dos seus colaboradores.
Dados do estudo indicam que em Portugal, 78% dos trabalhadores têm um dispositivo de trabalho remoto, seja telemóvel ou computador portátil, e surge como terceiro país que mais disponibiliza telemóvel aos seus colaboradores, a seguir à Alemanha e a Espanha.
Dos trabalhadores com dispositivos profissionais das empresas, 47% consideram que o impacto desses dispositivos é negativo para o seu estilo de vida, na Alemanha a percentagem dos insatisfeitos sobe para os 57%. No entanto na Itália 36% consideram terem um impacto positivo.
O trabalho remoto surge como “uma tendência cada vez mais frequente na Europa”, e o estudo mostrou que “59% dos inquiridos portugueses têm essa possibilidade nas suas empresas.”
Entre os profissionais portugueses que usufruem do trabalho remoto, o estudo mostrou que “51% encaram esta flexibilidade como positiva para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”. Mas quando são analisados “os 30% que veem este tipo de trabalho como negativo, e comparando com o resto da Europa, somos os mais insatisfeitos, a seguir a Espanha, com 36%.”
Em relação aos países europeus, “Portugal é o segundo país, a seguir a Espanha, que mais trabalho leva para casa: 78% trabalham fora do horário laboral e 61% trabalha nas férias.”
O estudo analisou também o impacto da boa relação com os colegas e chefias na produtividade, e mostrou que a “Áustria e Espanha são os países que mais reconhecem essa importância. Em Portugal, são 72%.”
Os resultados do estudo indicam que “64,1% dos portugueses estão satisfeitos com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, e “que os Países Baixos e a Suíça estão no topo da tabela de satisfação com 78% e 75% respetivamente. No lado oposto da tabela, encontramos a Itália com 59% e a Turquia com 57%.”
O estudo Work Life Balance da Michael Page envolveu respostas de 5196 trabalhadores entre os 25 e os 65 anos, em 13 países da Europa: Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia e Portugal.