A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver software de gestão térmica de baterias usadas em veículos elétricos. O objetivo é prolongar a vida útil das baterias dado que umas das maiores limitações atuais é o rápido envelhecimento deste sistema de armazenamento de energia.
O software baseia-se num método modelação térmica para estimar o estado e a vida útil das baterias de iões de lítio, usadas pelo setor automóvel nos veículos elétricos, e desta forma evitar a degradação precoce das baterias.
Os engenheiros envolvidos no projeto consideram que com “um sistema de monitorização e controlo (BMS, BTM), o tempo de vida útil da bateria pode ser prolongado, através de uma operação dentro dos parâmetros de funcionamento que garante uma vida útil elevada para cada elemento de um pack de baterias.”
Edson Freitas, investigador principal do projeto, referiu: “Atualmente, as energias renováveis são uma alternativa ecológica às energias tradicionais, mas são também uma opção de investimento cada vez mais atrativa para vários setores e possibilitam o aumento da poupança por parte do consumidor.
Engenheiros e cientistas continuam a estudar formas de melhor armazenar a energia, e até agora “uma das melhores formas de armazenamento de energias renováveis passa pela utilização de sistemas de baterias” indicou Edson Freitas, citado em comunicado, e acrescentou: “No entanto, as baterias têm custos elevados e, para esta tecnologia ser rentável e eficiente, é necessário prolongar a sua vida útil. Diminuir o custo de armazenamento tornará esta opção mais atrativa, por exemplo, para o setor dos transportes.”
O projeto da FCTUC é um dos 15 que foram “contemplados com uma Bolsa de Ignição financiada pelo INOV C 2020, um programa que é suportado por fundos do FEDER com o objetivo de alavancar ideias de empreendedorismo e inovação na região centro.
As Bolsas de Ignição do programa INOV C 2020 foram atribuídas em julho de 2018 a quinze projetos de investigação científica com aplicabilidade comercial. Os projetos representam um investimento total de 150.000 mil euros, com um financiamento FEDER máximo de 8.500 euros por cada bolsa.