O teatromosca tem vindo a criar um conjunto de novos audiowalks no Parque dos Poetas, com conteúdos construídos especialmente para este espaço do concelho de Oeiras, em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras.
Um trabalho que ocorre depois de ter estreado uma primeira versão em Sintra, em julho de 2016, e após novas criações apresentadas em França, em Alcobaça, Alcanena, Sobral de Monte Agraço, entre outros locais.
Para cada espetador uma proposta audiovisual diferente, composta por diversos estímulos – sons, músicas, vozes e imagens, criados pela companhia sintrense, a partir de um processo de pesquisa realizado no local.
É esta a banda sonora que guiará os espetadores-atores-deambuladores neste audiowalk. Em que cada deambulador manter-se-á entre aquilo que é próprio de si – que o distingue dos demais – e o que é comum na vida política (da polis).
Assim, entre o espaço público e o espaço privado, cada um criará a sua própria narrativa, apesar da voz que os guia ser a mesma. O grupo acabará por dividir-se em vários subgrupos, seguindo direções distintas, entrecruzando-se pontualmente, observando-se e interagindo mutuamente.
“Jardins Esquecidos” é o segundo volume do projeto MODOS DE VER: Parque dos Poetas, que propõe uma performance original e arrojada, a ocorrer no interior das casas de cada um dos espetadores. Concebendo uma intrincada narrativa sobre os amores e desamores de um pescador de Oeiras, uma história romanceada que, progressivamente, se vai complexificando, à medida que cada espetador vai sendo “transportado” pelos caminhos desse maravilhoso parque em Oeiras, explorar-se-ão as imagens de “jardim” e “paisagem” associadas a noções como Crença, Poder, Ordem, Expressão Cultural, Expressão Pessoal ou Identidade.
Esta performance vem desafiar os espetadores a encontrarem na sua própria casa, nos seus objetos pessoais, na sua mobília, nos cheiros, nas memórias, o cenário e os adereços deste espetáculo que acabará por juntar, de modo surpreendente, espetadores e artistas e que colocará em causa o posicionamento e o papel de uns e de outros durante os processos de criação e de realização do evento teatral.
Ao longo de dois meses, às sextas-feiras e aos sábados, às 21h00, de 5 de junho a 25 de julho, o espetáculo realizar-se-á online. Não se trata somente de um espetáculo transmitido em live streaming, mas, efetivamente, uma performance multimédia que se serve dos recursos digitais, para criar um elaborado jogo, como uma mise-en-abyme, em que espetadores e atores se confundem, em que ficção e não-ficção nem sempre se distinguem.
Os participantes deverão instalar a aplicação Zoom num dispositivo móvel – telemóvel, tablet ou computador portátil com autonomia suficiente para 2 horas (https://zoom.us/download) – e utilizar auscultadores. Cada participante deverá fazer a sua inscrição e utilizar o seu aparelho. Deverá entrar na sessão a partir das 20h30 e antes das 21h, para que possam ser feitos testes de som e imagem – ao iniciar sessão, deverá habilitar a entrada com vídeo e áudio.
O espetáculo tem uma duração aproximada de 120 minutos, a participação é gratuita, limitada a 30 espetadores por dia, mediante inscrição prévia na sessão Zoom pretendida, através do link: https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZMlcuGsqjsiHNCArAr-YPgtqEBRD9-4SIDq