Depois de Play The Film, 2011, Day For Night, 2014 e We’re Gonna Be Alright, 2017, o coletivo Cão Solteiro e o cineasta André Godinho voltam a colaborar em mais uma criação que procura explorar a relação entre o cinema e o teatro.
Could Be Worse: The Musical, é o mais recente capítulo da busca pela resposta à pergunta da escritora Susan Sontag em Film and Theatre – “Existe alguma coisa genuinamente cinematográfica?”. O espetáculo estreia-se no palco do Teatro Nacional São João no dia 7 de novembro e está em cena até ao dia 10 de novembro.
Em Could Be Worse: The Musical, Cecília recebe-nos com um abraço reconfortante, o mesmo que dá a João. Em palco observa-se uma espécie de reunião de “artistas anónimos”, quase como aquelas que se vê nos filmes americanos, apesar de estas serem associadas aos vícios, ou não se tratasse de um musical, um dos géneros mais acarinhados nos EUA. O encontro dá-se todas as semanas, naquele que, nas palavras da personagem André, “(…) é um espaço de segurança, é um lugar seguro onde podemos partilhar as nossas inseguranças, os nossos medos, mas também as nossas conquistas. Mas este lugar é sobretudo um lugar onde partilhamos a vida. A vida é o bem mais precioso que temos. A Vida acima de tudo.”
Cão Solteiro é uma plataforma de artistas que surgiu em 1997 e, desde então, tem vindo a desenvolver um trabalho assente na construção de imagens e transferência de códigos entre disciplinas artísticas. É a primeira vez que o coletivo sobe ao palco do Teatro Nacional São João.
Could Be Worse: The Musical conta com a cumplicidade da música de PZ e de Rodrigo Vaiapraia. O espetáculo – que resulta de uma coprodução São Luiz Teatro Municipal e Teatro Nacional São João – pode ser visto: às quintas e sextas, às 21h00; sábado, às 19h00; e domingo, às 16h00. O preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.