“Argila: no princípio era o Verbo” sobe ao palco, na Casa da Criatividade, em São João da Madeira, no dia 18 de outubro, depois de se ter estreado em abril, no Centro de Arte de Ovar, e de ter passado pelo FITEI.
O espetáculo criado pelo Teatro da Didascália é o último ato de uma trilogia, que se iniciou em 2014 com “One Man Alone” e teve continuidade com “O Vigilante Nocturno”, em 2018. Tem por base a exploração da matéria e dos materiais, a partir dos quais a mão humana se serve para manipular, transformar e esculpir.
Para moldar esta argila sobem ao palco três intérpretes: André Araújo (bailarino); Ariana Silva (artista de circo) e Cláudia Berkeley (atriz). Os artistas exprimem-se através da dança e da manipulação de objetos no jogo dramático da cenografia, circular e rotativa, tal como uma roda de oleiro. Em cena, trava-se um combate entre os intérpretes e a matéria, através de uma coreografia hipnótica e ritualista que, não só expressa os vários estados que estão na origem da criação artística, como projeta no ser humano o poder do “Grande Criador” que molda a argila à sua imagem.
O Teatro da Didascália foi fundado em 2008, em Joane, Vila Nova de Famalicão, e apresenta como principal atividade a criação de artes performativas, com um trabalho de pesquisa e de cruzamento artístico que visa o desenvolvimento de uma linguagem própria e inovadora.
A rética de “Argila: no princípio era o Verbo” é para maiores de 12 anos e inicia-se às 22h00, na Casa da Criatividade, em São João da Madeira. O preço dos bilhetes varia entre os 5 e os 6,50 euros.