A TAP Portugal, fundada em 1945 com o nome Transportes Aéreos Portugueses, detentora de um percurso que se se confunde com a história mais recente de Portugal, assume-se há 72 anos como a maior companhia aérea de bandeira nacional.
Esta ligação indissociável entre o percurso da TAP e o do país, desde o Estado Novo e a transição para a Democracia, até aos dias de hoje, impulsionou a empresa de bandeira este Verão a promover um conjunto de ações programadas que celebram a sua longa história que cruza os céus em nome de Portugal. Entre estas ações, destacam-se a recente apresentação do seu moderno avião Airbus A330 batizado de ‘Portugal’ com um emblemática pintura ‘à moda antiga’, a recordar as décadas entre os anos 50 e 70.
As iniciativas programadas decorrem num período decisivo para a companhia área portuguesa, que tem que se modernizar, e simultaneamente cimentar um modelo de sustentabilidade económico-financeira e de equilíbrio público-privado, capaz de garantir que a TAP continue um veículo essencial na aproximação e ligação de Portugal ao Mundo, e em particular à Lusofonia, aos Emigrantes e Luso-descendentes.
A ligação ao espaço lusófono e as às comunidades portuguesas, marca do passado e dos valores identitários da maior companhia aérea nacional, parecem estar igualmente consagrados na visão estratégica da nova estrutura acionista da TAP que desde fevereiro de 2016 passou a ser controlada maioritariamente pelo Estado Português.
A abertura e inauguração a 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, de uma rota de longo curso para Toronto, no Canadá, com cinco voos por semana, é sinal evidente de uma aposta estratégica na América do Norte, um imenso território onde vivem e trabalhos muitos milhares de portugueses e luso-descendentes.
O futuro e a sustentabilidade da TAP passam necessariamente pela prossecução de uma estratégia de consolidação, reposicionamento e expansão da maior e mais prestigiada companhia aérea nacional nas ligações aos espaços lusófonos, através da criação de novas rotas que aumentem os valores de tráfego, as taxas de ocupação e a projeção além-fronteiras das potencialidades de Portugal e da Lusofonia.
Autor: Daniel Bastos, Historiador e Escritor