A doença monkeypox é causada pelo vírus monkeypox está a espalhar-se por vários países. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 80 casos desta varíola (varíola-dos-macacos) já tinham sido relatados por 11 países, até 20 de maio, incluindo Portugal, onde a Direção-Geral da Saúde relatou terem sido confirmados 23 casos.
A monkeypox é uma doença zoonótica viral, o que significa que pode se espalhar de animais para humanos, mas também entre humanos.
O vírus monkeypox é endémico em algumas populações de animais em vários países, e em alguns casos leva a surtos ocasionais entre a população local e os viajantes. No entanto, a OMS indica que os recentes surtos que têm vindo a ser relatados são atípicos, dado estarem a ocorrer em países não endémicos.
Sintomas e tratamento
Os sintomas da monkeypox incluem geralmente febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, linfonodos inchados e erupções cutâneas ou lesões. A erupção geralmente começa dentro de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, e podem formar crostas, secar e cair. A quantidade de lesões pode variar de algumas a vários milhares. As erupções aparecem sobretudo no rosto, palmas das mãos e palmas dos pés, mas também podem ser encontradas na boca, nos genitais e nos olhos.
Os sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem sem necessidade de haver tratamento. Mas a OMS indica que é importante cuidar da erupção deixando-a secar, se possível, ou cobrindo-a com um penso húmido para proteger a área, se necessário. Evitar tocar nas feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados desde que não contenham cortisona. A imunoglobulina vaccinia pode ser recomendada em casos graves. O tecovirimat, um antiviral, foi aprovado para o tratamento da varíola em janeiro de 2022.
Riscos de contrair a monkeypox
Mas a OMS aconselha que se uma pessoa apresentar sintomas como os descritos então deve procurar aconselhamento médico, e lembra que a monkeypox espalha-se de forma diferente da COVID-19. As pessoas que interagem de perto com alguém que está infetado com o monkeypox correm maior risco de infeção, como é o caso de profissionais da saúde, elementos de uma família e parceiros sexuais.