Supercomputador alemão do LRZ é criado pela Lenovo e a Intel

Lenovo e Intel criam o maior supercomputador alemão de próxima geração, o SuperMUC–NG. No Centro de Supercomputação de Leibniz de Munique, o sistema vai responder aos desafios críticos nas áreas ambiental, astrofísica e biomédica.

SuperMUC do LRZ
SuperMUC do LRZ. Foto: MMM/LRZ

O SuperMUC–NG vai ser criado pela Lenovo e pela Intel. O maior supercomputador alemão de próxima geração vai ficar preparado para responder aos crescentes desafios críticos nas áreas ambiental, astrofísica e biomédica. A instalação é no Centro de Supercomputação de Leibniz, em Munique (LRZ), um dos principais centros de computação destinado a cientistas e a comunidades académicas.

O centro de supercomputação de Leibniz gere cada vez maior quantidade de informação como processa e analisa rapidamente dados para acelerar iniciativas de investigação em todo o mundo. Recentemente o LRZ desenvolveu a maior simulação mundial de sismos e consequentes tsunamis, como o terremoto na ilha indonésia de Sumatra. Simulações que permitem antecipar cenários, em tempo real, e que podem ajudar a prever réplicas e outros riscos sísmicos.

Com implementação prevista para o final de 2018, o supercomputador irá contribuir para que o LRZ consiga desenvolver um inovador trabalho de investigação em várias áreas científicas, como a astrofísica e as ciências da vida, através do fornecimento de serviços de computação de alto desempenho (HPC), seguros e de alta performance.

O desenvolvimento do supercomputador vai aproveitar a posição de liderança tecnológica da Lenovo no setor, desenvolvida para responder a uma ampla gama de aplicações de computação científica. A instalação que já está a decorrer no LRZ irá também incluir a implementação do vigésimo milionésimo servidor em toda a história da área de Data Center da Lenovo.

Scott Tease, diretor executivo do Lenovo Data Center Group, referiu que a Lenovo está empenhada em fornecer a instituições de investigação, como o LRZ, não só uma capacidade de computação mais completa, mas também uma solução integrada que consiga ajudar eficientemente e eficazmente, a resolver desafios críticos da humanidade”, e acrescentou: “ Estamos bastante satisfeitos em trabalhar neste projeto, de última geração, em parceria com a Intel.”

Para além do novo SuperMUC-NG fornecer ao LRZ uma maior capacidade de computação, vai também levar “a uma drástica redução do consumo de energia, devido à sua tecnologia inovadora de arrefecimento, oferecendo aos investigadores uma solução abrangente de supercomputação mais eficiente, e que facilita os processos de investigação.”

O SuperMUC-NG vai fornecer 26,7 petaflops, uma capacidade de quase 6.500 nodes de servidores ThinkSystem SD650 da próxima geração, que foram recentemente lançados pela Lenovo, com processadores Intel Xeon Platinum com Vetores de Extensões Avançadas da Intel (Intel AVX 512) e interligados com a arquitetura Intel Omni-Path.

O novo sistema também incluirá a integração do Lenovo Intelligent Computing Orchestrator (LiCO), uma poderosa ferramenta de gestão com uma GUI intuitiva que ajuda a acelerar o desenvolvimento de aplicações HPC e de Inteligência Artificial, bem como componentes baseados em clouds e que permite aos investigadores do LRZ obterem ainda maior liberdade para virtualizar, gerar e partilhar um alargado conjunto de dados.

O novo supercomputador SuperMUC-NG, beneficia da experiência técnica da Intel e da tecnologia de última geração de refrigeração da Lenovo, o Energy Aware Run-Time (EAR), um software que controla dinamicamente a energia da infraestrutura enquanto as aplicações ainda estão a ser executadas. Permite uma redução significativa de 45% no consumo de eletricidade, comparativamente com um sistema de refrigeração standard. Juntas, estas duas tecnologias ajudarão não só o centro de investigação de Leibniz a controlar as despesas operacionais como reduzir a sua pegada de carbono.