O sugador de pinhas ou Leptoglossus occidentalis é um inseto sugador, que se alimenta de pinhas e flores de diversas espécies pertencentes aos géneros Pinus, Picea, Abies, Cedrus, Pseudotsuga, Tsuga, Juniperus e Pistacia. É um inseto originário da América do Norte e já se encontra espalhado na Europa, depois de ter sido detetado pela primeira vez em Itália em 1999. A presença em Portugal foi confirmada em 2010 na península de Troia e no norte do país.
O impacto do Leptoglossus occidentalis no pinhão comestível e comercial do pinheiro manso (Pinus pinea L.) tem vindo a preocupar os produtores, industriais e consumidores por poder vir a ter consequências económicas muito importantes.
Grupo de investigadores procedeu a estudo para caraterizar o dano pelo inseto Leptoglossus occidentalis em pinhões negros, (pinhões com casca) de pinheiro manso ou Pinus pinea e para conhecer o consumo médio de um inseto adulto por dia.
A investigação, que tem vindo a ser coordenada pelo Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia, acaba de ser publicada na revista científica ‘Agricultural and Forest Entomology’ e conclui que “os insetos adultos são capazes de se alimentar de pinhões negros” e que “só existir um furo na casca, por pinhão consumido”.
Com base nos dados recolhidos os investigadores consideram que a existência de apenas um furo na casca poderá resultar de um comportamento de esforço comum nesta espécie de inseto-praga, ou seja, num “comportamento cooperativo de alimentação.”
Recorrendo a técnicas de raios-X e de Micro Tomografia Computorizada (Micro-CT) os investigadores calcularam que o consumo por “cada inseto adulto é cerca de um quinto do miolo de um pinhão negro num mês.”
De acordo com comunicado do ISA os investigadores estão agora a realizar mais testes de comportamento do inseto. Os investigadores consideram que se vierem a confirmar os resultados do estudo então serão, em face da praga, “boas notícias para os produtores uma vez que a alimentação em grupo resulta num dano menor e mais concentrado”, e por outro lado, “a aplicação de um possível método de controlo seria mais eficiente.”
Os investigadores esperam divulgar os “resultados finais deste acompanhamento” no final de 2017 ou início de 2018. Nessa altura será então possível fazer uma estimativa do dano que o Sugador de Pinhas está a causar em Portugal.”