Quando se assinala o Dia Mundial da Consciencialização para a Rinossinusite Crónica com Polipose Nasal, dia 24 de abril, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) alerta para esta “patologia que está associada a um elevado impacto negativo na qualidade de vida dos doentes”.
“Os sintomas de rinossinusite (espirros, lacrimejo, comichão intensa a nível nasal/ocular, obstrução nasal, perda de olfato, rinorreia e pressão na face) são sintomas incomodativos que, muitas vezes, têm impacto também na audição, no sono e se associam a limitações sociais e ocupacionais, absentismo laboral ou escolar”, referiram Graça Loureiro e Joana Cosme, imunoalergologistas e responsáveis do Grupo de Interesse de Rinite/Rinossinusite da SPAIC.
As munoalergologistas acrescentaram: “Adicionalmente, a necessidade de terapêuticas médicas a longo prazo, a necessidade de tratamento cirúrgico e as mudanças nos hábitos e no estilo de vida também impactam negativamente os aspetos físicos, emocionais e sociais da vida dos doentes”.
Para além disso, é ainda preciso considerar os custos diretos e indiretos que esta doença assume e que são “decorrentes da necessidade de consultas não programadas, orticoterapia sistémica e múltiplas intervenções cirúrgicas”.
É neste contexto, que a SPAIC colocou no seu programa da 23.ª Reunião da Primavera, a decorrer em Coimbra, o tema sobre a rinite e a rinossinusite. Para Graça Loureiro e Joana Cosme a escolha deste tema assume toda a pertinência uma vez que ambas as patologias “são muito prevalentes e com um elevado impacto na vida dos doentes”.
Estudos epidemiológicos nacionais revelaram uma prevalência de rinite de 33,6% e de sinusite de 27%, “daí que seja comum dizer-se que cerca de um terço dos portugueses sofrem destas patologias”.
No encontro da SPAIC, de acordo com a organização, o debate incidiu sobre as diferentes vertentes temáticas da patologia nasossinusal que é central na prática da Imunoalergologia e, simultaneamente, exemplo de multidisciplinaridade. “A abordagem da rinite de difícil controlo, os dados nacionais da rinossinusite crónica com polipose nasal e a fundamentação das diferentes abordagens terapêuticas e seu enquadramento interdisciplinar, são exemplo dos temas em discussão”.
A associação ao Dia Mundial da Conscientização para a Rinossinusite Crónica com Polipose Nasal decorre também com a inclusão no programa desta reunião da Conferência EUFOREA (European Forum for Research and Education in Allergy and Airway Diseases).