Conselho Europeu de Investigação (ERC, sigla em inglês) divulgou os 314 projetos e investigadores selecionados para receberem bolsa de financiamento para desenvolverem as ideias inovadoras que apresentaram através de candidatura a concurso.
Das investigadoras selecionadas consta Alexandra Marques, da Universidade do Minho, com o projeto ECM_INK, Ana Rita Cruz Duarte, também da Universidade do Minho, com o projeto Des.solve, Sara Magalhães, da Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com o projeto COMPCON, e Sílvia Maeso, do Centro de Estudos Sociais com o projeto POLITICS.
A fazer investigação fora do país, foram selecionadas as cientistas portuguesas, Renata Basto, do Institut Curie em França, com o projeto CHOMONUMBER, Susana Chuva de Sousa Lopes, a investigar na Academisch Ziekenhuis Leiden nos Países Baixos, com o projeto OVO-GROWTH.
Os projetos das investigadoras portuguesas abordam ideias inovadoras em domínios como a medicina, genética, engenharia dos processos químicos, ecologia e evolução, reprodução humana e políticas antirracismo na Europa e na América Latina.
Carlos Moedas, Comissário europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação, afirmou, citado em comunicado da Comissão Europeia: “É com especial agrado que verifico a existência de 6 projetos portugueses, todos liderados por mulheres, na lista das bolsas de consolidação” do ERC.
As investigadoras vão agora ter a possibilidade de desenvolver os seus projetos de investigação depois de ganharem o financiamento num concurso que envolveu a candidatura de 2.274 projetos, tendo apenas sido selecionados 314 projetos, ou seja, 13,8%.
Dos projetos aprovados para financiamento, num valor total de 605 milhões de euros, verifica-se que em 2016, 28% das bolsas foram atribuídas a mulheres. O financiamento dos projetos em 2016 deverá promover a criação de 2 mil postos de trabalho.
As bolsas atribuídas pelo ERC, no âmbito do programa de investigação e inovação da União Europeia, o Horizonte 2020, são de natureza individual, e o financiamento pode ir até 2 milhões de euros. Desta forma os cientistas subvencionados podem consolidar as suas equipas de investigação e desenvolver as suas ideias inovadoras.
As bolsas atribuídas pelo Conselho Europeu de Investigação são destinadas a investigadores de topo de qualquer nacionalidade, desde que desenvolvam a investigação na Europa.
Em 2016 foram atribuídos financiamentos a investigadores de 39 diferentes nacionalidades, e todos têm vindo a desenvolver os trabalhos de investigação em instituições de acolhimento sediadas em 23 países da Europa, entre os quais Portugal.
Desde 2007, data do lançamento das bolsas pelo Conselho Europeu de Investigação, e até agora, já foram financiados 69 projetos sediados em instituições portuguesas num valor de 107 milhões de euros.