O Presidente francês, François Hollande, fez no dia 19 de junho, uma rápida visita a Lisboa, tendo sido recebido no Palácio de Belém por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e em São Bento pelo Primeiro-ministro, António Costa. A visita estava agendada para ser de dois dias, mas as circunstâncias ocorridas em Nice levaram a que fosse apenas de algumas horas.
No final do encontro entre os dois Presidentes, François Hollande, em declarações aos jornalistas, e sobre o compromisso que tinha assumido de vir a Portugal, disse: “Foi feito quando não sabia o que iriamos enfrentar, nomeadamente a 14 de julho, na nossa festa nacional, com um ataque ignóbil, um camião conduzido por um terrorista que ceifa 84 vidas”, de crianças e pessoas “que tinham ido somente festejar e que se encontraram confrontadas com o maior dos desafios, a morte”.
François Hollande referiu que se tivesse de encontrar um país para pedir apoio de solidariedade, esse país seria Portugal, pois frisou: “Sei quanto a população portuguesa, como os portugueses que vivem em França, foram feridos”.
“Nós estamos conscientes da ameaça que abrange muitos países no mundo”, disse o Presidente francês, e coloca a pergunta de a França ser o alvo privilegiado dos terroristas. “Porque a França é a Liberdade, a França é a Democracia” e “os terroristas atacam-nos por que sabem o que a França representa”, indicou Hollande.
Sobre o quadro do novo impulso da construção europeia, François Hollande, disse: “A primeira prioridade é a proteção, é a defesa, é a segurança das nossas fronteiras”.
Ainda sobre as relações entre França e Portugal, o Presidente Hollande disse: “Nós temos uma ligação linguística, uma ligação cultural, uma ligação económica, uma ligação turística”, e acrescentou que um milhão de franceses visita Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu os laços históricos entre os dois países. “O pai do nosso primeiro rei era um conde francês e a França foi aliada de Portugal no período essencial de afirmação da nossa independência”.
“Hoje temos uma aliança que durou estes séculos e em que partilhamos os mesmos valores da liberdade, da democracia, do estado de direito. E além disso partilhamos visões comuns sobre a União Europeia, a Aliança Atlântica, a construção da paz no Mundo, o desenvolvimento económico e social o crescimento e o emprego, a solidariedade no quadro europeu”, frisou o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.