O relatório trimestral ‘Norte Conjuntura’ da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte – CCDRN, indica que o mercado de trabalho na Região do Norte mantém a tendência de queda da taxa de desemprego, tendo atingido o valor mais baixo dos últimos 14 anos. Ou seja, a taxa de desemprego caiu para 8,1% (foi de 9,3% no trimestre anterior) e a taxa de emprego dos 20 aos 64 anos subiu 4 décimas de ponto percentual, fixando-se em 72,9%.
O relatório mostra que, pela primeira vez desde há oito anos, a taxa de desemprego jovem (menos de 25 anos) está abaixo do limiar de 20%, fixando-se nos 18,4%, uma percentagem inferior 21,9% que se verificou no trimestre anterior e à de 25,3% no período homólogo do ano passado. O relatório indica também que “diminuiu também a incidência do desemprego de longa duração.”
O crescimento do emprego na Região do Norte fixou-se nos 3,0% em termos homólogos, mais 0,6% do que a nível nacional que ficou nos 2,4%. A taxa de emprego continua a manter-se alta, atingindo os 74,1% no Norte do país e 75,5% a nível nacional. No crescimento do emprego teve papel importante a evolução nas indústrias transformadoras
O PIB português cresceu 2,3% em volume, em termos homólogos, no 2º trimestre de 2018, acelerando face ao resultado do trimestre anterior que foi de 2,1%. O valor de crescimento foi superior ao observado na média da União Europeia e na zona euro que foi em ambos de 2,1%.
O relatório refere que os indicadores de consumo privado continuaram a crescer na Região do Norte no 2º trimestre de 2018, tendo-se verificado que os levantamentos em Multibanco com cartões nacionais diminuíram de ritmo, enquanto o crédito ao consumo aumentou 6,4% e as importações de bens de consumo não alimentares de 6,6%.
Os indicadores de investimento apontam para, no 2º trimestre de 2018 e para a Região do Norte, uma aceleração do crescimento do número de licenças de construção emitidas, mais 8,5% do que no período homólogo e uma diminuição da tendência negativa na importação de máquinas e outros bens de capital e seus acessórios, fixando-se em -4,5%, excluindo material de transporte, e no crédito à habitação com -0,7%.
No 2º trimestre de 2018, as exportações de mercadorias por empresas da Região do Norte registaram, segundo dados preliminares, uma variação homóloga nominal de 5,6%, quando tinha sido de 1,5% no trimestre anterior. Esta variação foi, indica o relatório, impulsionada sobretudo pelas exportações de partes e acessórios para automóveis.
No que diz respeito ao volume global do crédito às empresas, (sociedades não financeiras) da Região do Norte, este apresentava, no final do 2º trimestre de 2018, uma variação homóloga negativa de 1,0%, apesar do crescimento observado no valor dos novos empréstimos às empresas que foi de 4,9%.