Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2016 foi atribuído a Rui Lage pela obra ‘Estrada Nacional’. A obra foi editada em 2016 pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) e é uma viagem com partida e regresso pelo mundo rural.
‘Estrada Nacional’ define o itinerário, poema a poema, estrada a estrada, e onde as representações são apresentadas pelo olhar do autor. Com esta edição, Rui Lage encerra um ciclo dedicado ao mundo rural.
Rui Lage nasceu no Porto em 1975, é autor de sete livros de poesia publicados entre 2002 e 2016. Para além dos livros de poesia é autor de ensaios, crítica literária, ficção infantojuvenil, artigos académicos e de opinião, e está representado em diversas publicações e antologias.
Rui Lage doutorou-se em Literaturas e Culturas Românicas – especialidade em Literatura Portuguesa – pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e trabalha atualmente no Parlamento Europeu, entre Bruxelas e Estrasburgo.
O último livro de Rui Lage é um ensaio sobre a obra poética de Manuel António Pina, publicado em 2017 pela Imprensa da Universidade de Coimbra. O júri do Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2016, composto por José Carlos Seabra Pereira, como Presidente, e por Mário Cláudio, Isabel Pires de Lima, Pedro Mexia e António Carlos Cortez, decidiu também atribuir o Prémio de carreira ‘Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro’ a Maria Velho da Costa, ficcionista, ensaísta e dramaturga.
Maria Velho da Costa conta já com diversos prémios, entre eles o Prémio Camões em 2002. A escritora juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta escreveu, em 1972, o livro ‘Novas Cartas Portuguesas’, que se tornou marcante pela abordagem à situação das mulheres nas sociedades contemporâneas, e que no contexto do Estado Novo, foi apreendido pela polícia política.
A escrita de Maria Velho da Costa “situa-se numa linha que pode ser descrita como experimentalismo linguístico”, encontrando-se a sua obra traduzida em diversas línguas.
O Prémio Literário Fundação Inês de Castro tem premiado ao longo dos anos autores e obras de reconhecido valor, como, entre muitos outros, Pedro Tamen em 2007, com ‘Analogia e dedos’, José Tolentino Mendonça em 2009, com ‘O viajante sem sono’, Gonçalo M. Tavares em 2011, com ‘Uma viagem à Índia’, Mário de Carvalho em 2013, com ‘A liberdade do pátio’, ou em 2015, Armando Silva Carvalho com ‘A sombra do mar’.