A Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, lembrou hoje aos membros do Conselho Europeu, em Bruxelas, o que considera ser a interpretação dos cidadãos europeus na sequência das últimas eleições europeias, de 9 de junho de 2024, e destacou o que considera ser como adequada na política da União Europeia (UE).
Sobre as relações com a Ucrânia, Roberta Metsola, sublinhou: “O Parlamento Europeu saúda o novo pacto de cooperação em segurança entre a Ucrânia e a União Europeia.
A presença do Presidente Zelenskyy aqui para assinalar a ocasião tem um importante valor simbólico e é uma prova do nosso compromisso mútuo com a nossa segurança comum e o nosso destino partilhado.”
No seguimento do início das negociações para alargamento da União Europeia referiu: “O passo dado para iniciar negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldávia este mês é significativo e importante. O Parlamento Europeu tem sido um forte defensor do lançamento das negociações de adesão à UE” e acrescentou: “Preparar a nossa União para o alargamento deve continuar a ser uma prioridade máxima no nosso próximo ciclo institucional.”
No domínio da segurança e defesa defendeu: “As pessoas apelaram a uma defesa robusta dos nossos valores e que a segurança continue a ser uma prioridade máxima. O nosso apoio à Ucrânia deve continuar”.
Mas, considera que é importante “também fazer mais para aumentar a capacidade da Europa para responder a qualquer tipo de crise e a autonomia estratégica. Isto exige uma necessidade premente de desenvolver uma verdadeira política comum de segurança e defesa”.
Roberta Metsola acrescentou: Já trabalhámos em conjunto para aumentar as nossas capacidades, diminuir as duplicações e reduzir a fragmentação das indústrias de defesa. Estabelecer uma forte base industrial de defesa é o próximo passo.”
Outra das áreas tratadas por Roberta Metsola foi a competitividade e Mercado Único, e referiu: “A competitividade europeia é crítica do ponto de vista económico e político – precisamos de reforçar o lugar da Europa na cena global”, e mais, “precisamos redobrar os nossos esforços para um comércio aberto, equilibrado e justo, baseado em regras internacionais, e alargar a nossa rede de acordos comerciais com parceiros, concluindo e ratificando os que temos em preparação.”
Mas, “o reforço da competitividade exigirá também o aprofundamento do Mercado Único. Só aumentando a produtividade e acelerando os investimentos nas próprias capacidades industriais poderemos reduzir as dependências estratégicas e, ao mesmo tempo, apoiar e sustentar o crescimento económico. O Mercado Único é o nosso maior motor económico.”
O financiando e o crescimento são para a Roberta Metsola a mesma moeda, pois “se quisermos fazer crescer as nossas economias e pagar as nossas dívidas, temos de levar a sério a procura de formas inovadoras de alimentar o investimento público e privado.”
“Precisamos de completar as nossas Uniões Bancária e dos Mercados de Capitais, se quisermos realmente mobilizar capital privado para investir nas nossas prioridades e incentivar as nossas empresas a permanecerem na Europa. É assim que sustentamos o crescimento económico e criamos novos empregos de qualidade e futuros com dignidade.”
Numa política europeia orientada para o verde e o digital, Roberta Metsola lembra que “quando se trata de progredir nas transições verde e digital, ninguém deve ficar para trás. A implementação aqui é fundamental. Esse deve ser nosso foco agora”.
Mas, “embora estejamos extremamente orgulhosos das nossas principais metas mundiais, os encargos, a burocracia e a burocracia correm o risco de atrasar o progresso. Cada regulamento pode muito bem ser justificado, mas, quando tomados em conjunto, precisamos de ter cuidado para garantir que isso não se torna excessivo. As nossas propostas devem funcionar para as famílias. Para a indústria. Para agricultores.”