Aumenta a temperatura e diminui a humidade relativa, em todo o país, devido a um anticiclone sobre a Península Ibérica. A previsão para os dias 2 e 3 de agosto apontam para temperaturas máximas de 35º C na generalidade do território, podendo atingir mais de 40ºC no Alentejo, Vale do Tejo e Beira Baixa, e em alguns locais podem registar-se temperaturas de 45ºC.
As temperaturas mínimas devem situar-se acima dos 20ºC e mesmo de 25ºC em alguns locais em particular na noite de 2 para 3 de agosto. A previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) é de tempo seco e muito quente até, pelo menos, dia 5 de agosto.
Efeitos expetáveis da situação meteorológica
As condições meteorológicas apontam para um aumento de probabilidade de risco de incêndio em muitas regiões do país, sobretudo muito elevados na região do Algarve e no interior Norte e Centro, elevados e muito elevados no baixo Alentejo.
No domingo, dia 5 agosto, as previsões são de agravamento dos riscos de incendio no interior Norte e Centro, “com um número mais elevado de concelhos a apresentarem risco muito elevado, em especial a região de Trás-os-Montes, podendo existir concelhos em que seja atingido o risco máximo.”
Para além das condições meteorológicas “favorecerem a ocorrência e propagação de incêndios rurais”, a “exposição ao calor intenso pode produzir efeitos negativos na saúde, sendo as crianças, os doentes crónicos e as pessoas idosas particularmente vulneráveis.”
Medidas preventivas recomendadas pela Proteção Civil
A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) lembra, em comunicado que não é permitido:
• Realizar queimadas, fogueiras para recreio ou lazer, ou para confeção de alimentos;
• Utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos;
• Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração;
• Lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes;
• Fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem;
• Fumigar ou desinfestar apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.
A ANPC recorda ainda alguns cuidados a ter, face previsões das condições meteorológicas, no âmbito da realização de trabalhos agrícolas e florestais:
• Manter as máquinas e equipamentos limpos de óleos e poeiras;
• Abastecer as máquinas a frio e em local com pouca vegetação;
• Ter cuidado com as faíscas durante o seu manuseamento, evitando a sua utilização nos períodos de maior calor.
A ANPC recomenda também a adoção de comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio florestal, nomeadamente a adoção das medidas de prevenção e precaução adequadas, observando-se as proibições em vigor e tomando-se especial atenção à evolução do perigo de incêndio.
Proteção devido a riscos para a saúde
A Direção Geral da Saúde (DGS) indica algumas medidas de proteção devido aos efeitos negativos do calor intenso na saúde, aconselhando a população a manter-se informada, hidratada e em locais frescos, e assim, recomenda:
• Procurar ambientes frescos (preferencialmente climatizados);
• Evitar que o calor entre dentro das habitações; correr as persianas, ou portadas e mantenha o ar circulante dentro de casa; refrescar a habitação e evite ligar fornos.
• Beber água ou sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
• Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas.
• Utilizar roupa solta (algodão), que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol;
• Utilizar protetor solar com fator > 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;
• Escolher as horas de menor calor para viajar de carro.
• Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol, nem deixe os animais domésticos no carro;
• Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos;
• Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como:
■ Crianças;
■ Idosos;
■ Doentes crónicos;
■ Grávidas;
■ Pessoas com mobilidade reduzida;
■ Trabalhadores com atividade no exterior;
■ Pessoas isoladas;
• Ofereça água aos recém-nascidos, crianças, pessoas idosas e pessoas doentes porque podem não manifestar sede;
• Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas específicas devem seguir as recomendações do médico assistente;
• As crianças com menos de seis meses não devem ser sujeitas a exposição solar, devendo evitar-se a exposição direta de crianças com menos de três anos (usar roupa e protetor solar >50).