No Rio de Janeiro, 17 mil atletas e treinadores vão competir por uma das 300 medalhas de ouro que são disponíveis nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Noutra arena experientes criminosos vão disputar os bens dos atletas, dos treinadores e do meio milhão de espetadores que vão assistir aos jogos.
Scott Shackelford, especialista em cibersegurança e professor de direito e ética empresarial na Indiana University Kelley School of Business considera que “para os criminosos os Jogos Olímpicos são um ambiente rico em alvos, em que os visitantes de todo o mundo convergem para um local que é bem conhecido pela insegurança cibernética”.
“Uma investigação recente indica que as empresas brasileiras são as que possuem pior cibersegurança da América do Sul, e mesmo do mundo”, esclarece Scott Shackelford.
Para o especialista da Indiana University “os jogos olímpicos são mais do um grande evento para turistas. Os jogos oferecem uma oportunidade de ouro para hackers com motivações políticas e para nacionalistas passarem as suas mensagens”.
As vulnerabilidades são várias, como a possibilidade de interferência nas “cerimónias de abertura e fecho dos jogos, bem como ataques a vulneráveis infraestruturas críticas ao redor dos locais. Os jogos apresentam uma enorme riqueza de insegurança cibernética, mesmo para anfitriões bem preparados”.
Scott Shackelford, que também é membro do Center for Applied Cybersecurity Research of the Stanford University’s Hoover Institution, indica que “até agora, parece que a segurança cibernética esteve na última linha das preocupações dos responsáveis do Rio de Janeiro, mas não demorará muito a serem colocadas na linha de frente”.