No AvePark, Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães, vai nascer uma residência universitária autossustentável. O projeto de empreitada é atualmente o maior do Município de Guimarães, e apresenta características inovadoras sendo concebido para a autossuficiência energética do edifício.
A baixa emissão de CO2, custos de manutenção reduzidos e adaptabilidade ao longo do tempo são características que levaram à classificação energética A+ NZEB 21 – Edifício Muito Eficiente, bem como a certificação pelo sistema ‘LiderA’ com uma classe de desempenho excecional, também de A+.
A construção da residência, baseada num sistema de construção modular e pré-fabricada, destaca-se pelo uso predominante da madeira, integrada de várias formas e suportada por uma estrutura metálica.
Para a estrutura metálica estão projetadas 170 as toneladas de metal a serem instaladas pela Beetsteel, empresa de metalomecânica do Grupo Arliz, e que para Patrícia Vieira, Diretora da Beetsteel, considera ser um “orgulho enorme fazer parte de um projeto sustentável e inovador”.
Para a responsável pela empresa especializada na indústria metalomecânica e na serralharia de produtos em inox, com sede em Braga e fábrica industrial em Fafe, “é urgente adotarmos comportamentos e desenvolvermos soluções mais ecológicas e o AvePark vem contribuir e inspirar esse movimento, com a construção deste empreendimento “net-zero”.”
O edifício com geometria, em forma de “U”, e que inclui uma cave, um piso térreo e dois pisos superiores, foi projetado para se ajustar à envolvente e às características do terreno, incluindo pendentes acentuadas. Por sua vez, a cobertura de grande dimensão, foi projetada para acomodar a quantidade necessária de painéis fotovoltaicos e solares, que garantam a autossuficiência energética.
A residência universitária estará equipada com 20 quartos individuais, 35 quartos duplos, 24 estúdios, 31 alojamentos, sendo 4 T0, 22 T1 e 5 T2, para responder a uma necessidade de oferta variada de tipologias de alojamento para estudantes, investigadores e docentes. Também está contemplada a existência de espaços comuns (ginásio, áreas de estudo/trabalho, zonas de convívio, lazer e refeições), administrativos, para tratamento de roupas, para pessoal, técnicos e de manutenção do edifício.
Uma empreitada, que surge no âmbito do Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), tem o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e resultará num investimento de aproximadamente 13,8 milhões de euros mais o valor do IVA que for aplicável.