O Reino Unido vai criminalizar o ‘cyberflashing‘, uma prática que normalmente envolve o envio por online de uma imagem sexual a pessoas que não a solicitaram. Trata-se do envio de imagens pelas redes sociais ou plataformas de namoro, mas também por serviços de partilha de dados, como Bluetooth e o Airdrop.
Em alguns casos, a imagem pode aparecer no dispositivo – computador, tablete, smartphone ou outro – o que significa que, mesmo que a transferência seja rejeitada, as vítimas são forçadas a ver a imagem. Investigação universitária aponta que em 2020, 76% das jovens mulheres dos 12 aos 18 anos receberam imagens obscenas não solicitadas de jovens ou adultos homens.
O projeto de Lei prevê tornar o ‘cyberflashing’ um crime específico. Assim, enviar uma fotografia ou filme em que estejam órgãos genitais de uma pessoa, com o propósito do seu prazer sexual ou para causar humilhação, alarme ou angústia à vítima, pode incorrer num crime que vai até dois anos de prisão.
Paralelamente ao novo crime de ‘cyberflashing’, o Governo do Reino Unido criar outros três novos crimes, que abrangem uma ampla gama de comunicações online públicas e privadas nocivas. Incluindo o envio de e-mails abusivos, posts nas redes sociais e mensagens pelo WhatsApp, bem como assédio ‘persistente’, onde muitas pessoas atingem um indivíduo, através das seções de comentários num website.